O Natal na Hungria é muito ligado às tradições cristãs, assim como a maior parte dos países europeus. Segundo a presidente da Colônia Húngara em Nova Friburgo, Eva Bitó, os costumes trazidos pelos imigrantes húngaros, perduram até hoje nas casas de seus descendentes:
“A Hungria tem hoje celebrações consideradas entre as mais bonitas do mundo, e muito ligada aos rituais religiosos. A árvore, por exemplo, só é montada no dia 24, véspera de Natal”.
Como fruto da celebração do Advento, entre as tradições húngaras está a preparação da guirlanda, cujas quatro velas são acesas nos domingos que antecedem o Natal. No dia 24 se faz jejum - parte da preparação para a ceia -, e também a montagem da árvore, que é um pinheiro verde representando esperança e renovação. Na decoração estão incluídos ornamentos de vidro, bordados com desenhos tradicionais húngaros e decorações feitas à mão.
As festividades acontecem na passagem dos dias 24 para 25. Na ceia são servidos pratos típicos, como o beigli, um pão recheado com sementes de papoula: “Os ingredientes têm significados especiais, como as nozes, que representam o ventre de Maria acolhendo Jesus, a papoula. Mas o principal é estarmos reunidos nesse momento de fé, de entrega à Deus e de celebração do nascimento de Cristo”, ressaltou Eva.
O dia 25, quando celebra-se o nascimento de Jesus Cristo, é inteiramente dedicado à família: “Neste dia, vamos juntos à missa, celebramos a fé e os valores familiares. Esta data é dedicada à Sagrada Família”, contou.
O terceiro dia de festividades, 26, é também a data em que a comunidade católica celebra o Dia de Santo Estêvão, primeiro Rei da Hungria e considerado ainda o primeiro mártir da história do cristianismo: “Ele recebeu das mãos do Papa Silvestre II uma coroa de ouro e pedras preciosas, que é chamada até hoje de Santa Coroa. Um símbolo de grande beleza e forte influência em nossa cultura, quando só eram legítimos os reis coroados por ela. Desde 2000, está exposta no Parlamento Húngaro”.
Presidente da Colônia da Hungria: Eva Bitó
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