ÉPOCA DE expectativa de aumento das vendas do comércio, as festas de fim de ano ganharam um ingrediente novo, não previsto até há bem pouco tempo: a crise econômica. Com ela, vale a sabedoria de saber comprar, comprar menos e melhor, quitar dívidas e até mesmo poupar para dias difíceis. Não é hora de esbanjar.
A PRUDÊNCIA do consumidor tem sido revelada nas compras deste ano e as vendas não estão dentro da normalidade, indicando baixo consumo com retração nas vendas. A economia brasileira passa por uma enorme transformação, exigindo uma reengenharia financeira por parte de todos — governo, iniciativa privada e o consumidor. E isto vale também para Nova Friburgo.
EMBORA os comerciantes não estejam otimistas com as vendas, também preveem que os efeitos da crise econômica serão sentidos mais fortemente neste final de ano e no ano que vem. Os sinais vêm de todos os lados e podem mudar projetos, postergar decisões, adiar planos. Embora o município não tenha nenhum projeto atrelado a empréstimos no exterior, a crise faz com que todos tirem o pé do acelerador.
A DESCONFIANÇA do consumidor também é seguida pelo setor produtivo. Segundo informa a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) vem caindo mês a mês e sinaliza uma forte desaceleração econômica. Os empresários estão mais pessimistas ainda quanto aos próximos meses.
A CRISE não é um fenômeno isolado e os seus reflexos são percebidos por empresários e trabalhadores neste segundo governo Dilma Rousseff, como está sendo amplamente noticiado, com reflexos negativos nas finanças estaduais e municipais e com forte retração da atividade econômica. Nova Friburgo não está imunizada contra os efeitos da economia perversa e também deve buscar as suas próprias medidas preventivas.
NUM AMBIENTE de incerteza, o melhor que o consumidor tem a fazer é avaliar as relações de custo e benefício dos presentes natalinos, optando pelos que não oferecem riscos de financiamento de longo prazo e os de melhor preço. O Natal deste ano, em que pese todos os apelos da época, será o Natal da prudência, e isto não faz mal a ninguém.
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