Nadadora friburguense quebra marca e vence 50 peito no Sul-Americano

Jhennifer Alves sai com ouro e com recorde das piscinas de Trujillo, no Peru
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
por Vinicius Gastin
Jhenny e uma de suas medalhas
Jhenny e uma de suas medalhas

Rainha dos 50 metros peito feminino, Jhennifer Alves voltou a transformar as palavras ouro e recorde em sinônimos nas piscinas do Peru. A atleta de Nova Friburgo venceu a prova do Campeonato Sul-Americano de Desportos Aquáticos, realizado no Centro Aquático de Trujillo, no Peru, e de quebra anotou a melhor marca da modalidade na história da competição.

“O recorde era de 2016 e foi muito legal ter batido. O recorde Sul-Americano também é meu e agora ter o recorde da competição é bacana. Foi uma prova difícil, com duas atletas da Argentina forçando até o fim, mas consegui sair com a medalha de ouro”, comemorou.

Jhennifer, que já havia quebrado a marca nas eliminatórias, que aconteceram na parte da manhã, nadou ainda mais rápido no período da tarde para marcar mais uma vez seu nome no torneio. Ela terminou os 50 metros peito, especialidade e prova preferida, em 31s29. No mesmo dia da marca da friburguense, o Brasil conquistou oito medalhas. Ao todo, foram cinco ouros, duas pratas e um bronze. Além das conquistas, o Brasil estabeleceu dois novos recordes de campeonato – além de Jhenny, Felipe Lima também se tornou recordista. Ainda teve espaço para o revezamento 4x100m medley misto estabelecer o novo recorde Sul-Americano da prova.

O primeiro lugar nos 50 peito não foi o único resultado expressivo conquistado pela nadadora de Nova Friburgo. No primeiro dia de competição, Jhennifer foi medalha de bronze na prova de 100 metros peito feminino, com o tempo de 1m09s67. A friburguense também integrou o time do revezamento 4×100 metros medley, e faturou mais uma medalha de ouro. O Brasil fechou a prova em quatro minutos, sete segundos e 54 centésimos. Jhennifer contribuiu com o tempo de um minuto, oito segundos e quatro centésimos. Além de Jhenny, as atletas Fernanda Goeij, Giovanna Diamante e Daynara de Paula formaram a equipe. Na prova, a Argentina foi segunda colocada, e o Peru ficou com a medalha de bronze.

No cômputo geral da competição, Brasil ficou com o título geral no masculino, com 304 pontos. A Argentina foi a segunda colocada, com 184, e a Colômbia terceira, somando 138. Já no feminino, a Argentina quebrou um jejum de 38 anos e sagrou-se campeã geral com 279 pontos. O Brasil, entre as mulheres, ficou em segundo lugar com 254, e o Peru levou o bronze com 88 pontos. Na soma geral, o Brasil ficou com 558 pontos, a Argentina com 463 e a Colômbia com 208.

De acordo com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) os critérios de convocação para o Campeonato Sul-Americano Absoluto, disputado em Trujillo, no Peru, tiveram como base os resultados obtidos pelos nadadores no Troféu Brasil - Maria Lenk, em abril, no Rio de Janeiro. Além disso, para fazer parte da Seleção que disputou o torneio, foi levado em conta a posição do nadador no ranking mundial. Ao todo, foram convocados 28 atletas, 14 masculinos e 14 femininos.

No Sul-Americano, a Natação teve as inscritas as seleções da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Venezuela, Peru, Uruguai, Suriname e Aruba. Em março e nos primeiros dias de abril, o Centro Acuático de Assunção, no Paraguai, recebeu a disputa do Campeonato Sul-Americano Absoluto de Natação um dos mais disputados dos últimos tempos. Na ocasião o Brasil campeão com 40 medalhas, sendo 18 de ouro, apenas três a mais do que a Argentina, no melhor desempenho dos argentinos em vários anos.

Ano vitorioso

Antes da competição no Peru, Jhennifer Alves participou de outras competições e acumulou resultados importantes. Na 12ª edição do Aberto da França de Natação, tradicional competição internacional que contou com alguns dos principais nadadores da Europa, a atleta do Pinheiros reinou em sua especialidade. Com o tempo de 30 segundos e 84 centésimos, ela conquistou a medalha de ouro na cidade de Chartres, na região central francesa. Ainda na França, a friburguense competiu nos 100 metros peito, e alcançou o segundo lugar com o tempo de um minuto, oito segundos e 88 centésimos, sendo superada pela japonesa Reona Aoki. Além de Brasil e França, outros 15 países marcaram presença.

No Troféu Maria Lenk, em abril deste ano, a friburguense já havia se destacado ao vencer a campeã olímpica Ruta Meilutyte, lituana famosa por ter uma das melhores saídas do mundo. Na ocasião, Jhenny nadou em 30s64 contra 30s75 da adversária. A atleta friburguense também participou do Campeonato Mundial Militar de Natação, promovido na cidade de Samara, na Rússia. Jhenny, representante brasileira da Aeronáutica, levou a medalha de ouro na modalidade, com o tempo de 30 segundos e 76 centésimos, superando a russa Maria Temnikova, segunda colocada com o tempo de 31 segundos e 88 centésimos e a francesa Sollene Galego, terceira, com 32 segundos e 27 centésimos.

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