Nadadora friburguense encerra participação no Pan com duas medalhas

Jhennifer Alves volta de Lima com a esperança de estar nos Jogos de Tóquio em 2020
terça-feira, 13 de agosto de 2019
por Vinicius Gastin (esportes@avozdaserra.com.br)
Nadadora friburguense encerra participação no Pan com duas medalhas

O sorriso da nadadora Jhennifer Alves nas fotos e entrevistas demonstra a satisfação de quem escreveu mais um belo capítulo na carreira. A atleta friburguense foi uma das integrantes do time brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, e voltou para casa com boas experiências, duas medalhas no peito e a trajetória no esporte cada vez mais consolidada.

Finalista na prova individual dos 100 metros peito, contribuiu para a conquista do ouro no 4x100 medley misto e repetiu o feito de 2015, conquistando o bronze no 4x100 medley feminino.

A história de Jhennifer Alves nos Jogos de Lima pode ser contada de trás para frente. Afinal de contas, foi no último dia de participação brasileira na natação que a atleta do Pinheiros-SP conseguiu repetir a conquista dos Jogos de Toronto, em 2015. Ao lado de Etiene Medeiros, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira, compôs a equipe medalhista de bronze.

Na piscina, o time brasileiro começou bem com Etiene Medeiros, no nado costas, se mantendo lado a lado da atleta norte-americana. Mas a partir de Larissa Martins, a segunda a entrar na água, o país caiu para a terceira colocação e assim, sendo ultrapassado pelo Canadá.

Por outro lado, a vantagem para as argentinas era confortável e, com participação importante de Jhenny, o Brasil fechou a prova com 7.32 segundos atrás dos Estados Unidos. Medalha de bronze garantida.

Essa foi uma das últimas provas da natação nos Jogos Pan-Americanos. O revezamento 4 x 100 masculino, com Guilherme Guido, João Gomes, Vinícius Lanza e Marcelo Chierighini fechou a participação do país com a conquista da medalha de prata.

Com isso, o Brasil estabeleceu um novo recorde em Pans, com 29 pódios. Também no sábado, 10, dia derradeiro da natação, Guilherme Costa conseguiu o ouro de número 53 na competição, a nova melhor marca brasileira no evento.

Além da participação na conquista do bronze, Jhennifer Alves já havia contribuído para outro momento histórico da modalidade. A friburguense foi uma das representantes do Brasil no revezamento 4 x 100 medley misto, nadando as eliminatórias pela manhã junto com Léo de Deus, Vinícius Lanza e Manuela Lírio. Nas finais Guilherme Guido, João Gomes, Giovana Diamante e Larissa Oliveira, ganharam a medalha de ouro.

No primeiro dia de participação, Jheeny avançou até a grande final dos 100 metros peito – foi a única brasileira a conseguir o feito nesta modalidade, e conseguiu alcançar a quinta posição, com o tempo de um minuto e oito segundos. Nas eliminatórias, Jhenny também havia feito o quinto tempo após três séries. Outra atleta do Brasil, Pâmela Alencar, foi à final B, que não vale medalhas.

As 30 medalhas conquistadas pela natação do Brasil ampliam as boas expectativas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Em Lima, a natação brasileira superou qualquer prognóstico, quebrou marcas e estabeleceu novos parâmetros.

Dos 34 nadadores da delegação, 31 voltaram para casa com ao menos uma medalha. Foram sete recordes panamericanos quebrados. Comparados a última edição, em Toronto 2015, ficou um tanto distante dos 25 recordes batidos por lá. Nos sete recordes quebrados em Lima, quatro pelos Estados Unidos, dois pelo Brasil e um pela Guatemala. Deste total, quatro em provas individuais e três em provas de revezamento.

O desempenho da delegação é celebrado como um passo e tanto, mas ainda assim pouca coisa mudou nas previsões para a Olimpíada do ano que vem, e é preciso evoluir. Nesta curva de crescimento está Jhennifer Alves. Indiscutivelmente, mesmo com uma vida pela frente, umas das maiores atletas de todos os tempos do desporto friburguense.

A campanha do Brasil

A delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, encerrados no último domingo, 11, quebrou o recorde de medalhas de ouro, levando 55, três a mais que no Pan de 2007, no Rio de Janeiro, foi ao pódio como jamais havia feito, 171 vezes, 14 a mais do que a marca anterior, e encerrou o evento em segundo no quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos, repetindo o ocorrido em 1963, no Pan de São Paulo. Portanto, o Brasil fechou com 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes.

O país garantiu, pelo Pan, um lugar na Olimpíada no handebol, hipismo, tiro com arco, tênis de mesa, tênis, pentatlo e vela. Outra marca foi o de número de modalidades que foi ao pódio. No total, agora são 104 vagas confirmadas em 2020.

O Brasil conquistou medalha em 41, mais que os 40 do Rio 2007. Nos títulos, foram 22 modalidades com ouros, repetindo as 22 de 2007. Com menos de 500 atletas, delegação foi a menor desde 2003, o Brasil se destacou muito mais em esportes individuais do que nos coletivos.

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