Doença grave e silenciosa, a hepatite C afeta cerca de 3% da população brasileira e uma em cada 30 pessoas pode estar infectada. É o que apontam os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que considera a doença um problema de saúde pública. Isso porque a maioria dos portadores não sabe que está doente, logo, não busca orientação médica. Sem o diagnóstico e tratamento adequados, muitos casos evoluem para a insuficiência hepática, cirrose ou o câncer hepático.
Na semana da Hepatite C (de 14 a 19 de maio), os dados mostram a necessidade de conscientizar a população quanto à importância do diagnóstico precoce. O teste é fundamental porque os sintomas da hepatite C só aparecem em um grau muito avançado, quando a doença já evoluiu para uma cirrose hepática ou câncer de fígado. Detectar a doença na fase inicial é de extrema importância, pois o tratamento medicamentoso nesta fase pode até eliminar o vírus.
Mundialmente, a hepatite C atinge 520 milhões de pessoas, número 13 vezes maior que a epidemia de aids. Só no Brasil, milhões de pessoas podem estar infectadas com o vírus da hepatite C, no entanto, mais de 95% ainda desconhecem que estão doentes e podem conviver com sérias complicações hepáticas. “Não realizar campanhas de detecção de hepatites pode acarretar grande aumento nos casos de cirrose, câncer e insuficiência hepática nos próximos anos. O importante é que as pessoas saibam que fazer o teste é essencial e que, no caso de diagnóstico positivo, há tratamento”, afirma o presidente da Associação dos Portadores de Hepatite, Humberto Silva.
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