Durante o último domingo, 29, médicos e enfermeiros do Hospital Municipal Raul Sertã trabalharam para dar continuidade aos trabalhos do mutirão de cirurgias ortopédicas. Ao todo, mais 11 pacientes foram atendidos.
Iniciado na última semana, o mutirão de cirurgias ortopédicas no HMRS foi criado e idealizado por Michelle Silvares e Suzane Menezes, ambas do Comitê de Gestão da Saúde de Nova Friburgo. No último dia 22, primeiro dia de mutirão, foram realizadas as cirurgias em oito pacientes. Com as realizadas neste fim de semana, ao todo, 19 pacientes já foram beneficiados. A expectativa da secretaria municipal de Saúde é operar 46 pessoas, que há meses aguardam pelo procedimento, até fevereiro.
“É importante tentar minimizar o sofrimento dos pacientes e reorganizar aquilo que não se estava conseguindo fazer antes por problemas diversos. Tomara que a gente consiga melhorar agora a dinamização das cirurgias.”, disse Paulo Sávio, um dos coordenadores das cirurgias.
Além dos médicos cirurgiões Cristiano Badini e Paulo Sávio, que coordenam juntos as operações, uma equipe de enfermagem composta por 14 profissionais foi montada para atender ao mutirão. “Precisamos organizar tudo para que o mutirão aconteça, como arrumação da parte instrumental, campo cirúrgico, esterilização dos materiais. Nesse ponto a enfermagem tem que ser valorizada. Em relação à assistência também. É a enfermagem que fica 24 horas por dia ao lado do paciente dentro dos setores. É um trabalho muito importante e estamos nos esforçando muito, com competência e responsabilidade, para que tudo corra bem.”, destacou Natani Emmerick Macedo de Barros, chefe de enfermagem.
Projeto Posso ajudar
A falta de informação foi detectada como um dos problemas das unidades de saúde em Nova Friburgo. Por conta disso, o Comitê de Gestão da Saúde de Nova Friburgo lançará o projeto “Posso Ajudar?”. “A gente costuma dar um exemplo muito claro: tem um paciente que vai dez vezes em um mês à emergência do hospital porque está com pressão alta. O que o “Posso Ajudar?” vai fazer com esse paciente? Quando ele for acolhido na classificação de risco, o “Posso Ajudar?” vai referenciá-lo a uma unidade que possa fazer o acompanhamento de sua pressão. Outra coisa que incomoda muito o usuário quando chega ao Raul Sertã é a falta de informação. E a função do “Posso Ajudar?” também é essa. É um serviço que existe para estruturar e melhorar a logística e a angústia das pessoas que procuram o hospital”, explicou Michelle Silvares, subsecretária hospitalar.
Ainda de acordo com Michelle, o projeto Posso Ajudar? também visa humanizar o atendimento nas unidades de saúde, principalmente no Hospital Municipal Raul Sertã, além de funcionar como serviço de reclamação, já que permite à secretaria de Saúde identificar a corrigir possíveis falhas no sistema e no acolhimento ao paciente. “O que nós queremos fazer a partir de agora é um trabalho ativo de saúde. Até então, estávamos muito passivos, sentados, esperando o problema acontecer. E além de não querer que o problema aconteça, queremos trabalhar de forma ativa, e não reativa. Assim vamos conseguir promover saúde com maior segurança”, esclareceu Michelle.
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