Museu do Mel Apiário Amigos da Terra

“O desaparecimento das abelhas” e suas consequências
sábado, 18 de maio de 2019
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
Museu do Mel Apiário Amigos da Terra

Desde quarta-feira, 15, até domingo, 19, o Apiário Amigos da Terra, na RJ-130, distrito de Campo do Coelho, vem promovendo ações educativas com estudantes e público em geral, das 9 hs às 17hs, em comemoração à Semana Nacional/Internacional dos Museus.

Neste sábado, 18, tem mesa redonda e sessão de filmes sobre o tema “O desaparecimento das abelhas no mundo, e o futuro da humanidade”. Em seguida haverá debate sobre o “Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC)”. A mediação será do médico-veterinário e apicultor Luís Moraes. Aberto ao público, gratuitamente.

O Apiário Amigos da Terra é uma empresa familiar criada pelo casal Luis Moraes e a bióloga Clarice Líbano, que em 1986 se mudou do Rio para Friburgo. Em 1990, criaram o apiário após aprimoramento técnico adquirido através de projetos de pesquisa, trabalhos técnicos, participação em feiras, eventos e congressos nacionais e internacionais.

Nesta 3ª edição, o público terá a oportunidade de tomar conhecimento do que vem ocorrendo na Europa e Estados Unidos, com o uso de defensivos agrícolas que estão dizimando não apenas o habitat das abelhas, mas, naturalmetne, as próprias abelhas, e as consequências dessa atividade para a sobrevivência do ser humano.

Esse é o tema a ser trabalhado no âmbito da 17ª Semana Nacional dos Museus do Instituto Brasileiro de Museus-Ibram, se estendendo sobre a interrelação entre os indivíduos em uma colônia de abelhas. “De 15 a 19 de maio, estaremos recebendo o público em geral para mostrar o universo das abelhas, no que consiste o trabalho que desenvolvem como polinizadoras do meio ambiente, e abordar as consequências de sua extinção”, revelou o professor, que contará com a presença do educador museal, Bernardo Domingos.

São oferecidas visitas mediadas, gratuitas, para escolas públicas do entorno do Museu do Mel, e no dia 19, fechando a semana, haverá um evento aberto a todos os interessados mediante inscrição prévia. Em nosso museus, trabalharemos um aspecto bem atual da longa tradição em apicultura e o desaparecimento das abelhas pelo mundo todo (Distúrbio do Colapso das Colônias - DCC). Mais informações sobre a programação para este evento, confira no site: www.amigosdaterra.com.br/museu-do-mel. Contatos pelo e-mail: museudomel@amigosdaterra.com.br ou pelos telefones (22) 2529 4182 e (22) 2529 4333.

Por que dependemos tanto da abelhas

“Elas são essenciais para a agricultura porque polinizam cerca de 90 tipos de frutas, vegetais e soja, multiplicam as plantas, que são necessárias para produzir oxigênio através da fotossíntese, e servem de base dentro daquilo que chamamos de cadeia alimentar. Ou seja, as plantas servem de alimento para os animais herbívoros, que por sua vez alimentam os carnívoros, que são consumidos por animais onívoros como nós, que comemos carne e vegetal. Se a abelha sumir, essa sequência será drasticamente alterada, porque em mais de 100 plantas que fazem parte da composição da nossa alimentação, 90% delas são polinizadas pelas abelhas.

A frase atribuída a Einstein, de que a humanidade sucumbiria caso as abelhas desaparecessem, serve para alertar não só a comunidade científica e a população, mas principalmente as autoridades, em relação aos agrotóxicos, porque se trata de tomar uma decisão política. Afinal, não estamos lidando com uma doença infecciosa, mas com uma doença ambiental, de dimensão planetária. A abelha é um indicador biológico.

Aqui, em Friburgo, existe um percentual de perda de abelhas, que é natural, quando chove muito ou em invernos muito prolongados. Mas não tem o mesmo significado do que acontece lá fora. Aqui, ainda não há motivo para alarde, porque ainda temos uma área de mata preservada, onde as abelhas conseguem ter fontes de alimentos livres de contaminação. Nesse aspecto, Friburgo ainda oferece uma boa qualidade de ar”, avaliou Luís Moraes.

 

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