De acordo com o projeto inicial, Nova Friburgo comemoraria seus 197 anos no último dia 16 já com o Centro de Artes e Esporte Unificado — a Praça CEU — em funcionamento. No entanto, por razões diversas, o “presente” só deve ser entregue com uma boa dose de atraso. As obras tiveram início há cerca e dois anos na Via Expressa, em Olaria, e ainda não foram concluídas. Todo o investimento, no valor de R$ 1.571.000, é proveniente do governo federal através do Ministério da Cultura. O complexo integra um programa nacional que contempla outras 380 unidades, das quais 28 já foram inauguradas e estão funcionando.
O processo de licitação teve início no dia 3 de maio de 2012 e terminou seis meses depois, com vitória da CH Construções de Serviços Ltda. A previsão inicial para o fim da obra era maio de 2014. Mais de um ano depois, a Secretaria de Cultura já estipula novo prazo para a inauguração oficial. Pouco mais de 80% das obras estão concluídas.
“Todas as licitações para a Praça CEU já se encerraram, e pretendemos entregar o espaço até o mês de agosto”, afirma o secretário municipal de Cultura, David Massena.
A demora das licitações para a compra de equipamentos, o período eleitoral e as mudanças em ministérios do governo federal são apontadas como os motivos principais para o atraso. As exigências quanto ao projeto, às especificidades e documentação geralmente travam os procedimentos. Por vezes o projeto retorna ao município para que seja readaptado. Entre idas, vindas e análises feitas por técnicos da Caixa Econômica Federal, algumas construções emperram e não saem do papel. No caso da Praça CEU, o avanço estrutural é perceptível. A maioria dos prédios já conta com o acabamento, restando apenas a instalação de equipamentos.
Gestão é o maior desafio
O maior desafio para o funcionamento da Praça CEU será observado após a inauguração do complexo. A proposta de gestão compartilhada põe em xeque a garantia de sucesso do espaço. A mobilização dos moradores do bairro de Olaria e adjacências será uma das etapas de todo o processo. O Ministério da Cultura vai disponibilizar um valor na conta da Prefeitura para a contratação de uma empresa especializada para essa tarefa. Desta forma será possível mapear as entidades do entorno e mobilizar a comunidade através de suas organizações com oficinas de sensibilização, conhecimentos, cidadania e políticas públicas de cultura. A ideia é eleger um conselho gestor para trabalhar em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura na gestão do complexo.
O espaço de 3000m² terá dois grandes prédios que irão oferecer atividades diversas. O bloco 1 vai receber um teatro com capacidade para 60 pessoas, depósito, gabinete de projeção, administração, telecentro, sanitários, canteiros de leitura e biblioteca. No bloco 2, serão construídos uma sala multiuso e o Cras (Centro de Referência e Atendimento Social). O espaço esportivo da praça terá uma quadra coberta, três bicicletários, uma pista de skate de 162m², playground, equipamentos de ginástica e mesas de jogos.
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