Mundial acabou, mas comércio de figurinhas não

quarta-feira, 31 de dezembro de 1969
por Jornal A Voz da Serra
Mundial acabou, mas comércio de figurinhas não
Mundial acabou, mas comércio de figurinhas não

Fotos: Lúcio Cesar Pereira 

Considerada uma das melhores Copas do Mundo dos últimos tempos, a competição teve seu encerramento no dia 13 de julho. A Alemanha foi campeã, o Brasil teve derrotas vergonhosas, excelentes jogos, aquela história que todos já conhecem.  Mas algo muito relacionado ao maior campeonato entre países ainda está em andamento até hoje: as figurinhas. Grande sensação antes e durante a Copa do Mundo, o álbum de figurinhas se tornou mania nacional, e em Nova Friburgo não foi diferente — adultos, crianças e idosos interagiam na busca de cada um para completar seu álbum, e para isso, além de comprar os pacotinhos, que custavam R$1 e continham cinco cromos, os colecionadores trocavam as figurinhas entre si, batiam o famoso jogo de "bafo” e até compravam as repetidas que outro pudesse lhe oferecer. Até aí, tudo bem. O problema é que muitos se aproveitaram dessa situação para lucrar de forma exorbitante. Com a grande procura por certas figurinhas, algumas pessoas passaram a vendê-las, em casos mais extremos, por um preço até 50 vezes maior do que pagou. Há relatos sobre a oferta de unidades, como a do craque Neymar, por exemplo, a R$10,00. Algumas figurinhas tinham o preço elevado — além da dificuldade de ser encontrada, outro fator determinante foi o desempenho que os respectivos jogadores vinham apresentando antes da competição e o seu carisma perante os torcedores, como os jogadores David Luiz, Fred, Thiago Silva, Messi, o goleiro Manuel Neuer da Alemanha, entre outros. Algumas figurinhas de seleções também eram muito procuradas, como Brasil, Holanda, Alemanha, Honduras e Rússia. As mais caras geralmente eram as "prateadas”, representadas pelos escudos das seleções, ou relacionadas a outros elementos da Copa, como o mascote Fuleco e a Taça do Mundo. 

Mas e agora, com o fim do Mundial, será que ainda há procura o suficiente para que esses vendedores ofereçam seu produto a preços tão elevados? A equipe de A VOZ DA SERRA procurou obter essa informação e o resultado não é dos mais surpreendentes. Como algumas pessoas ainda não conseguiram completar o álbum, a venda continua, e ainda há, sim, certa procura, porém, numa escala muito menor à que vinha acontecendo. Com isso, esses vendedores foram obrigados a abaixarem um pouco o preço — porém, estes ainda estão bem acima do que era comprado nas bancas através dos pacotinhos. Hoje, uma unidade de jogadores da seleção brasileira é encontrada por uma média de R$3,50, com exceção a Neymar, que custa R$4,00, e alguns outros jogadores de outras seleções que tiveram bom desempenho na competição, que estão um pouco mais baratos, R$2,00. Escudos e seleções também podem ser encontrados pela média de R$2,00.


Matéria produzida pelo estagiário Juliano Cabral sob supervisão da chefia da redação 


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