Mulheres na Academia Friburguense de Letras

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Mulheres na Academia Friburguense de Letras
Mulheres na Academia Friburguense de Letras

A Academia Friburguense de Letras tem um diferencial que a distingue entre todas as academias de letras do Brasil: foi a primeira a ter uma mulher como presidente, a professora e trovadora Dilva Maria de Moraes, no biênio 1998-1999. 

Agora, na última sexta-feira, 13, tomou posse mais uma mulher, a autora de livros infanto-juvenis Tereza Cristina Malcher Campitelli, que há anos divide seu tempo entre o Rio de Janeiro, onde tem livros adotados em escolas do ensino básico, e Nova Friburgo. 

Tereza Cristina lembra que Nova Friburgo tomou conta de seu coração aos nove anos de idade, quando veio passar férias na Fazenda Boa Vista, na antiga estrada de Amparo. Portanto, "tomar posse na Casa de Salusse é a realização de um sonho”. 

Em seu discurso, feito em tom sereno, como é de sua natureza, Tereza enfatizou os laços que a prendem à cidade, principalmente os cinco anos em que lecionou na Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia. 

"Aqui plantei raízes, criei meus dois filhos e cultivei amigos por toda a cidade”, disse. A nova acadêmica falou da agradável surpresa de conhecer, após cuidadosa pesquisa, a patrona da cadeira nº 27 — a romancista, contista e cronista de diversos jornais, Júlia Lopes de Almeida — uma mulher corajosa, ativa na vanguarda contra o Brasil ainda machista da segunda metade do século 19; e sua última ocupante, a friburguense Maria de Lourdes Valentim Meira, a Mariomar como era conhecida, poetisa, contista e dramaturga. 

Na sua fala de boas-vindas à nova acadêmica, o presidente da AFL Antonio Vitiello disse que foi também sob seu mandato que Mariomar tomou posse e ambos foram protagonistas de muitas discussões acadêmicas. Ao terminar seu discurso, Tereza Cristina enfatizou: 

"Senhor presidente, tornar-me membro efetivo desta Academia é a oportunidade que a vida me dá para exercer o papel de cidadã. Através da literatura infanto-juvenil, reforço ainda mais o compromisso com meu leitor no sentido de continuar a criar histórias com sensibilidade, usar as palavras com responsabilidade e construir textos com valores. Como, também, é um estímulo para colaborar com as propostas de incentivo à leitura, reconhecendo-a como um prazer, um direito e, principalmente, um recurso importante à formação da pessoa. Finalmente, comprometo-me, ainda, em contribuir para o funcionamento e florescimento desta Academia de Letras, que é voltada e interessada na difusão da cultura e literatura”.

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