Uma mulher de 54 anos foi encontrada morta, na tarde da última sexta-feira, 13, no quarto de um motel no bairro Ponte da Saudade. Segundo o 11º BPM, o corpo de Onéia da Silva do Nascimento estava sobre a cama, vestida e coberta por uma manta. No colchão, na altura do rosto da mulher, havia uma poça de sangue.
A PM foi acionada por funcionários do motel Magnus, na Rua Otília Pereira Shuabb. Eles contaram aos policiais que a mulher chegou ao local a pé, na companhia de um homem que até ontem, 16, ainda não havia sido encontrado pela polícia. Nenhum valor em dinheiro foi encontrado na bolsa da mulher. A Polícia Civil realizou perícia no local e encaminhou o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). A VOZ DA SERRA procurou nesta segunda-feira, 16, o delegado da 151ª DP, Mário Arruda, responsável pelo caso para esclarecer detalhes da investigação, mas não obteve contato.
Em uma rede social, a filha de Onéia, Vanessa Nascimento, afirmou que a mãe foi assassinada pelo homem. “Eles tinham um relacionamento de mais ou menos três anos, porém no último ano ele vinha agredindo minha mãe constantemente. Ela registrou queixa por ameaça de morte e agressão física, e conseguiu uma medida protetiva contra ele, porém isso não o impedia de seguir minha mãe por todos os lugares: no seu trabalho, na rua ou em casa”, disse.
Ainda segundo o relato de Vanessa, o laudo apontou que Onéia foi morta por asfixia mecânica (enforcamento). “Eles entraram juntos por volta das seis da noite, mas ele saiu sozinho às 4:41 da manhã, pagando a conta do motel com o cartão de débito da minha mãe e deixando um bilhete com a recepcionista para acordá-la somente às 11 horas da manhã. No velório, vi o rosto da minha mãe bem desfigurado, com um derrame grande ao redor de um dos olhos e sei que ela sofreu muito antes de morrer”, contou.
O corpo de Onéia foi velado no Memorial SAF, em Duas Pedras, no sábado, 14, e sepultado no cemitério Trilha do Céu, na Fazenda da Laje, no distrito de Conselheiro Paulino.
Atualização (às 19h05): Segundo a Polícia Civil, um suspeito prestou depoimento na 151ªDP, confessando o crime. Ele foi liberado em seguida devido à inexistência de mandado de prisão.
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