Desde a Idade da Pedra, o homem se reúne para as refeições. Naquela época, eram as caças – inclusive mamutes – os grandes banquetes (embora os habitantes do planeta também fossem coletores, ou seja, colhiam sementes, frutas para comer). Se o objetivo sempre foi se alimentar, é inegável que essas reuniões gastronômicas mantêm, até hoje, um sentido maior: o de se comunicar, partilhar, confraternizar.
Se atualmente nem sempre nos reunimos com familiares durante as refeições – seja pelo corre-corre diário, pelos viciantes hábitos de estar sempre conectado ou em frente a uma TV – o certo é que um bom bate-papo, ao redor de uma mesa, com filhos, pais, esposa, marido é uma excelente oportunidade para aparar arestas, conhecer o dia a dia do outro, estreitar os laços.
Assim também, as reuniões de fim do ano, tanto as familiares, quanto as do nosso círculo profissional, estudantil ou social podem se transformar em momentos marcantes na nossa vida. As comidas e bebidas, claro, acrescentam e muito ao encontro, mas de nada adianta ter um excelente comes-e-bebes se não se for à reunião com o verdadeiro espírito que ela pede: o de confraternização. Ou seja, o de tornar-se irmão, criar alianças, multiplicar, compartilhar a "fraternização”.
E se o Natal – é sempre bom ter isso em mente – é uma comemoração do nascimento de Jesus Cristo, e não um dia, simplesmente, de comprar e trocar presentes e comer e beber muito, nada melhor do que relembrar a Última Ceia, em que, mesmo sabendo que seria traído, Jesus confraternizou com seus apóstolos – inclusive com o seu futuro traidor –, dividindo o pão e o vinho, o que se tornou símbolo de sua carne e do seu sangue.
Então, neste Natal e Ano-Novo curta, sim, os presentes, as bebidas e comidas, mas abra o seu coração para o próximo. Quem sabe, como dizia Johnny Alf, "o inesperado faça uma surpresa”?
Deixe o seu comentário