O Ministério Público Federal (MPF) está apurando por que as toras de eucaliptos que foram cortados na Praça Getúlio Vargas, no início do ano passado, ainda não foram doadas ou reaproveitadas pela Prefeitura de Nova Friburgo. No último dia 3, A VOZ DA SERRA mostrou que as madeiras estavam apodrecendo na subida de uma estrada de terra, no acesso ao horto municipal, no Parque São Clemente.
Após a denúncia, servidores do MPF fizeram inspeções no local e também na Empresa Brasileira de Meio Ambiente (EMBA), onde está o restante das madeiras, no Córrego Dantas. O órgão ainda pediu explicações ao governo municipal, mas o ofício ainda não havia sido respondido pela Prefeitura.
“O relatório da inspeção realizada no último dia 4 constatou a existência dos troncos de árvores mencionados pelo jornal, tendo sido feita a descrição e o registro visual, por meio de fotos, das condições em que se encontrava o material. O relatório foi encaminhado para análise de um especialista para esclarecimentos acerca do estado dos troncos e sobre como eles poderão ser aproveitados, realizando-se perícia caso necessário. Tal providência demanda tempo para sua consecução, não se podendo antever quais ou quando serão disponibilizados os resultados”, informou o MPF.
As toras são produtos da operação em que foram podados e cortados eucaliptos, em janeiro de 2015, na principal praça de Nova Friburgo. Várias árvores podem ter sido cortadas sem necessidade devido às supostas falhas nos laudos que orientaram os serviços. Como a praça é tombada como patrimônio histórico, o MPF abriu inquérito para apurar as denúncias e propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para orientar as ações de revitalização do local e ainda para propor medidas compensatórias, dentre elas o reaproveitamento da madeira cortada. Desde então, nada foi feito com as toras das árvores.
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo, mas até o fechamento deste texto, o governo não havia enviado resposta.
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