Na última, quinta, 26, conforme noticiado por A VOZ DA SERRA, uma mulher de 33 anos foi atropelada por um motociclista que praticava o conhecido “corredor”, tentando escapar do engarrafamento na Avenida Presidente Costa e Silva. Esse tipo de acidente tem se tornado comum na cidade, já que muitas motos não respeitam o trânsito e circulam oferecendo riscos aos pedestres.
De acordo com o artigo 56 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), “é proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacente a ela.”. Também segundo o CTB, “ao proibir o condutor de motocicletas e motonetas a passagem entre veículos de filas adjacentes, o dispositivo restringe sobremaneira a utilização desse tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente utilizado como forma de garantir maior agilidade de deslocamento. Ademais, a segurança dos motoristas está, em maior escala, relacionada aos quesitos de velocidade, de prudência e de utilização dos equipamentos de segurança obrigatórios, os quais encontram no Código, limitações e padrões rígidos para todos os tipos de veículos motorizados. Importante também ressaltar que, pelo disposto no art. 57 do Código, a restrição fica mantida para os ciclomotores, uma vez que, em função de suas limitações de velocidade e de estrutura, poderiam estar expostos a maior risco de acidente nessas situações”.
A reportagem de A VOZ DA SERRA foi às ruas para saber como as pessoas agem na hora de atravessar e saber a opinião delas sobre a imprudência das motos.
“Eu presto atenção, mas não confio muito e, sinceramente, acho que o pessoal tem que ficar mais ligado na faixa de pedestre. As motos desrespeitam mais e tem que ficar atento quando o ônibus ou o carro para, pois as motos não respeitam o trânsito.”
Nicolai Lindroth, 47 anos, Braunes
“Na verdade eu acho que todo mundo anda muito distraído, na correria do dia a dia você acaba de distraindo mais com moto do com carros. Então, acho que uma situação de atropelamento é fácil pra qualquer um. Tem que ter mais policial na rua, principalmente para pessoas idosas.”
Marília Aguiar, 32 anos, Jardim Ouro Preto
“Eu costumo prestar atenção sim, mais do que em carro. Aqui em Friburgo não tem espaço para motos. É muito perigoso, e tem que ficar atento porque acidentes com moto dá pouca chance de sobrevivência. Esses motoboys não têm juízo e não respeitam os pedestres.”
Luiz Antônio, 41 anos, Conselheiro
“Se eu vejo de longe, já não atravesso. Eu tenho mais medo de moto do que de automóvel. Tem aumentado o número de motos e é muito perigoso. Carro eu não tenho medo, mas de moto, tenho um medo terrível.”
Jaime Stefan, 79 anos, Centro
“Eu presto atenção porque eu sei que tem muita gente dirigindo moto que não tem carteira e é irresponsável. Tem gente demais, irresponsável. A gente vê na rua quando passa. Às vezes, eu estou sozinha, mas outras vezes, estou com o meu netinho. Então, tem que ter muita atenção para atravessar a rua. Eu não confio, quando o carro para, dou uma olhada, vejo se tem moto vindo, e aí, então, atravessar com segurança.”
Vilma Coelho Figueiredo, 64 anos, Catarcione
“Presto muita atenção na hora de atravessar, nas motos e nos carros. As motos e os carros estão aumentando muito na cidade. Então, para atravessar a rua, tem que olhar e prestar atenção para não ser atropelado.”
Geraldino da Cruz, 40 anos, Olaria
“Eu tenho bastante atenção, inclusive quando paro no sinal para atravessar, sempre dou uma paradinha e olho para não ser atropelada. É muito perigoso.”
Fabiana Ferreira, 32 anos, Rio Bonito
“Eu presto atenção, sim. Aqui em Friburgo, principalmente, só tem gente louca no trânsito e realmente é complicado. Tem que prestar atenção porque ninguém obedece a faixa de pedestres. Eu acho que devia ter mais punição para as pessoas que desrespeitam o trânsito, seja ficar preso ou pagar pelo que acontece. Aqui na cidade há muitos idosos, então, é muito complicado e cada vez vai piorar mais. Está cada vez mais fácil comprar moto a preço de banana. Muitas vezes, essas pessoas nem emplacam e andam a mais de 100 km/h.”
Márcio Haiude, 40 anos, Cascatinha
Deixe o seu comentário