As filas nos postos de combustíveis, que duraram a madrugada inteira, diminuíram, mas os friburguenses ainda encontram dificuldades para abastecer nesta quarta-feira, 30. No fim da manhã, A VOZ DA SERRA percorreu 13 postos, ao longo de 13 quilômetros, entre a sede do jornal, no Centro, e os trechos iniciais dos bairros de Conselheiro Paulinho, Olaria e Ypu. Dos 13 postos, oito estavam fechados por cones. Em três deles, a gasolina havia terminado de acabar.
Dia de muito, véspera de pouco: o posto São José, em Olaria, o primeiro a ser reabastecido após o fim da greve dos caminhoneiros, estava deserto 24 horas depois da corrida registrada na manhã de terça-feira, 29. Outro estabelecimento zerado era o CRTT da Avenida Comte Bittencourt, onde 30 mil litros de gasolina esgotaram-se entre 20h de terça e meio-dia de quarta. Segundo um dos gerentes, o problema agora é conseguir a mistura entre etanol e gasolina, que é feita nas refinarias e já estaria sendo prejudicada pelo anúncio de uma possível nova greve, a dos petroleiros.
Nos seis postos abertos, todos tinham filas medianas. Alguns só tinham gasolina comum, limitada a R$ 100 por automóvel, outros tinham todos os combustíveis, exceto o etanol. Em todos, a maioria de bandeira Shell, os preços oscilavam em torno de R$ 5 o litro da gasolina comum. Um deles, sem bandeira, cobrava R$ 4,89 o litro, mas só no dinheiro.
“Estamos exaustos mas felizes de voltar a trabalhar”, disse um dos frentistas do Shell Boa Viagem, na subida para o Catarcione, com o semblante cansado de quem trabalhou a madrugada inteira.
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