Termina hoje, 21, a mostra de cinema ambiental Circuito Tela Verde, que vem sendo exibido desde o dia 23 do mês passado, no Centro de Arte, sempre às terças-feiras. A mostra, que também pôde ser conferida no Cineclube Lumiar às quintas-feiras, é uma ação de educação ambiental que tenciona estimular as comunidades a participarem dos processos da gestão ambiental pública.
Fruto de parceria inédita entre o Ministério do Meio Ambienta (MMA) e o Ministério da Cultura (MinC), cabe à mostra exibir 30 vídeos de curta-metragem, produzidos por diferentes comunidades do país, sempre em cinco etapas. O Circuito Tela Verde é promovido pela Superintendência Regional Rio Dois Rios (Suprid), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em parceria com a Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (Seam/SEA), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e do Cineclube Lumiar.
A cada semana, ao fim da exibição dos filmes, um especialista nas questões ambientais é convidado a debater com o público presente a respeito das questões levantadas pelos curtas. Nesta semana, a convidada a falar é a engenheira florestal Christiany Araújo Cardoso Mota.
Entre os cinco filmes a serem exibidos nesta terça, dois se destacam por terem a Ilha da Conceição como cenário: Além do que se vê e Procura-se. O primeito traz uma reflexão sobre o futuro da pesca na Baía de Guanabara aos olhos dos moradores da Ilha da Conceição, que vivem justamente deste ofício; já o segundo filme registra as mudanças ocorridas em uma comunidade de pescadores alterada pela chegada da urbanização, tudo contado e visto através dos olhos dos antigos moradores. Os outros filmes são: Lembra-te do dia de sábado, a beleza da terra tomada de estouro pelo mar, invadindo, modificando, destruindo e criando novas formas e contrastes para esse novo cenário que surge; Maragado, mostrando que na dura realidade da vida do pescador, há bem mais do que o sofrimento físico exigido pelos esforços da profissão - não bastasse os desafios encarados, através de temporais, aventurando-se até plataformas em alto-mar, perdendo redes, cruzando com rebocadores, deixando nas mulheres, que ficam em terra, a dúvida sobre em que estado verão seus amados de novo; e, por fim, Tabuaçu, onde a pequena comunidade Açu testemunha a chegada do progresso, enquanto suas ideias sobre mundo se aproximam do fim.
A exibição dos filmes, com entrada franca, começa às 15h, no Centro de Arte (Praça Getúlio Vargas 71, Centro). Agendamentos para grupos podem ser feitos pelo telefone 2533-1359, com Lúcia.
Deixe o seu comentário