A causa da morte da jovem Camila de Castro, 23 anos, no último domingo, 24, no Hospital Municipal Raul Sertã após ter sido socorrida no final da madrugada na Praça Getúlio Vargas, no Centro, pode não ter sido ocasionada por violência sexual como amplamente ventilado em redes sociais e portais de notícias na internet. Para a polícia, a jovem pode ter sido vítima de um atropelamento. A PM foi acionada por volta das 5h30 de domingo por populares que encontraram Camila caída próximo ao meio-fio na faixa de rolamento da direita (preferencial para ônibus), bem em frente a uma churrascaria. A jovem era atendente de uma lanchonete na Avenida Alberto Braune, em frente à Prefeitura, e estaria retornando de uma festa quando foi encontrada caída na praça. Seu corpo foi sepultado na tarde de ontem, 25, em Sumidouro, sua cidade natal.
No amanhecer de domingo, assim que chegaram ao local onde Camila estava caída, os PMs constataram que a vítima estava desacordada e acionaram uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros. No momento que a jovem foi removida para a ambulância UTI móvel, os socorristas depararam-se com um forte sangramento vaginal. "Já no hospital, durante os primeiros atendimentos no setor de urgência, constatou-se que a vítima teve uma ruptura na região genital”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo, tenente-coronel João Luiz de Moraes.
Ao ser encontrada caída na praça, no entanto, Camila estava vestida com uma calça jeans, não tinha qualquer peça de roupa rasgada e não apresentava marcas visíveis de violência. "Próximo ao local onde ela foi encontrada achamos alguns fragmentos, provavelmente de veículo, evidenciando algum acidente por ali. É possível que essa jovem tenha sido atingida por algum carro e quebrado a bacia, o que pode ter ocasionado a grave lesão. Dificilmente alguém iria violentar sexualmente uma pessoa e abandoná-la caída no chão de uma via pública central tendo a preocupação de vesti-la, inclusive abotoando sua calça”, disse ontem um policial que investiga o caso.
Na necropsia realizada no corpo de Camila domingo no Instituto Médico Legal de Nova Friburgo não evidenciou-se, a princípio, sinais de violência sexual. Amostras foram colhidas para exames complementares, cujos resultados só deverão ser conhecidos nos próximos dias. A polícia tentou ouvir o médico plantonista do Hospital Raul Sertã que socorreu Camila, mas até a tarde de ontem ele ainda não havia sido localizado.
Ontem, entretanto, o principal comentário nas redes sociais e até mesmo nas ruas era que a jovem teria sofrido violência sexual, inclusive com perfuração de sua região genital, útero e intestino com objetos cortantes e pedaços de madeira. No local onde Camila foi encontrada caída, nenhum estabelecimento comercial possui câmeras de monitoramento com filmagem externa, o que dificulta as investigações.
Na pista onde a jovem foi encontrada caída ainda havia marcas de sangue ontem à tarde. Na lanchonete onde ela
trabalhava, colegas lamentaram a morte trágica e afixaram cartaz com informações sobre seu sepultamento
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