Morreu na madrugada desta quainta-feira, 7, a lobo-guará fêmea encontrada ferida, às margens da estrada junto ao Trevo da Aldeia, na última sexta-feira, 1º, em Cantagalo. O animal estava bastante debilitado, anêmico e com um grave ferimento em um dos ouvidos. O lobo-guará foi resgatado pelo 6º GBM e, com a ajuda voluntária da veterinária Josiane Leitão, foi medicado, mas, apesar dos esforços, não resistiu.
Você sabe qual é o procedimento correto que deve ser adotado por quem encontra um animal silvestre ou peçonhento? Atento à importância do tema e ao fato de que muita gente não sabe como proceder nesses casos, o comandante do 6º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) de Nova Friburgo, tenente-coronel Thiago Nunes Alecrim, entrou em contato com A VOZ DA SERRA de modo a esclarecer essas informações para a população.
“Com certa frequência somos acionados para a captura de animais silvestres. Infelizmente, muitas pessoas desconhecem os canais de ajuda e muitos animais acabam morrendo”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros em Nova Friburgo, que completou: “Acionar o Corpo de Bombeiros é o caminho correto. Até porque, são pouquíssimos ‘atores sociais’ que podem ajudar, principalmente em casos assim, que envolvem animais que podem ser potencialmente perigosos, impossibilitando a ajuda direta por uma pessoa não preparada. Além disso, uma manipulação inadequada também pode ferir ainda mais o animal”, esclareceu o tenente-coronel Thiago Nunes Alecrim.
Quase 80 casos de janeiro a outubro
Ainda de acordo com o comandante do 6º GBM, somente este ano – de janeiro até o final de outubro - a corporação militar já realizou 78 operações de captura de animais, uma média de quase oito ocorrências por mês. O comandante explica que a ocorrência envolvendo animais silvestres em que o Corpo de Bombeiro atua com mais frequência é na captura de cobras. Já as ocorrências que envolvem animais domésticos, o maior número de acionamentos é para cães que, segundo o comandante, “normalmente são da raça Pitbull que ameaçam pessoas quando soltos”, exemplificou.
Queimadas são um agravante
O tenente-coronel Alecrim também chama a atenção para um fator que pode estar contribuindo para o aparecimento de animais silvestres em zonas urbanas: as queimadas. “Sem dúvida as queimadas podem estar relacionadas com o aparecimento desses animais. Na verdade, já temos pequenas áreas de concentração de vegetação nativa. E a destruição para expansão urbana e da agricultura certamente agravam ainda mais essa situação”, alerta o comandante do 6º GBM, que completa: “Recentemente resgatamos um gambá. Ele estava com as patas queimadas e com dois filhotes mortos na parte inferior do corpo. Esse é um claro exemplo de que as queimadas são responsáveis pela morte de muitos animais e provocam a migração de muitos outros também”, lamenta.
Leitora elogia ação
Mas não são apenas em casos que envolvem animais silvestres ou peçonhentos que o Corpo de Bombeiros atua. A corporação também dá suporte à população na remoção de casas de marimbondo e colmeias de abelha, por exemplo. A leitora Lucília Fernandes Pereira, moradora do bairro Perissê, enviou recentemente um email à redação de A VOZ DA SERRA elogiando a atuação do Corpo de Bombeiros numa ocorrência do tipo.
“Agradeço imensamente ao Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo, que compareceu à minha residência e retirou uma casa de marimbondos que já se encontrava bem grande e cheia deles, usando de todos os recursos e cuidados para proteger minha casa, bem como as residências vizinhas e todos que se encontravam em perigo. Homens valorosos e que cuidam de todos aqueles que necessitam de sua proteção”, disse a leitora.
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