No meio da rua tem um portão. Tem um portão no meio da rua. E bem no centro de Nova Friburgo. Fica na Rua Cristina Ziede, situada a poucos metros da Praça Getúlio Vargas, contígua à Rua Juvenal Namen. Essa via tornou-se conhecida após a tragédia climática de janeiro de 2011, onde um prédio desabou, e está em evidência de novo devido à colocação de um portão por moradores logo em sua entrada, o que tem dividido opiniões até mesmo quanto à legalidade dessa ação.
A Rua Cristina Ziede é de uma tranquilidade que impressiona, pois fica situada bem no centro da cidade. É difícil até mesmo encontrar um morador para uma entrevista. As casas estão sempre no maior silêncio. Quem dá o ar da graça é a professora Aloísia Maria Langer de Mattos, que invoca o direito de ir e vir para posicionar-se contra o portão. E ela relembra o fatídico evento climático de 2011 para justificar uma provável nova saída da rua às pressas e os moradores terem problemas na locomoção, caso o portão esteja fechado.
A professora não tem certeza se a colocação do portão se deu por medo dos vizinhos quanto a roubos ou assaltos ou se foi por alguma questão de trânsito. Ela argumenta que, após a tragédia, os moradores perderam a união e agora cada um age por conta própria. Antes da colocação do portão, foi feito um abaixo-assinado. Nem todos assinaram, mas o portão foi colocado assim mesmo.
A questão está sendo analisada pela Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana, através do setor de trânsito (antiga Autran), que aguarda parecer dos demais órgãos municipais envolvidos para tomada de decisão a respeito.
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