Localizado a cerca de oito quilômetros do centro da cidade, no distrito de Conselheiro Paulino, o Loteamento Belmonte vem crescendo nos últimos anos, mas sem receber a devida atenção do poder público. Prova disso é que o bairro apresenta uma série de problemas de infraestrutura que prejudicam o dia a dia da comunidade e pioram a qualidade de vida. A reportagem de A VOZ DA SERRA esteve esta semana no loteamento para conferir as reivindicações dos moradores.
A pavimentação precária das ruas é uma das queixas de quem reside no bairro, que tem buracos em vários pontos. A situação é mais crítica nas ruas Pedro Mendes da Veiga e Presidente João Goulart, a principal do loteamento e que ainda não está totalmente calçada. A parte final ainda é de terra, o que causa uma série de transtornos. “Toda vez que chove desce muita lama e às vezes nem dá para subir. Colocaram umas pedras de brita para tentar resolver e ficou ainda mais perigoso. Outro dia um morador acabou escorregando e se machucou”, disse Joel Santos Martins, que reside há cerca de 20 anos no local.
Além de concluir o asfaltamento da principal rua, os moradores também querem a construção de uma área de manobra para os veículos. “Se fizessem um rodo a Faol poderia colocar um micro-ônibus aqui em cima para nos facilitar. Os ônibus só passam na parte baixa do bairro e de hora em hora. Acho que se houvesse condições para subir o intervalo poderia ser menor”, observou Joel.
O mau estado da Ponte dos Maias, que dá acesso ao bairro, é outro alvo de críticas da comunidade. Em conversa com vários moradores, a reportagem apurou que o descontentamento é geral com a manutenção do local. “Ano passado essa ponte chegou a ficar fechada por dois meses para reparos e de nada adiantou. Fizeram um serviço muito mal feito com uns troncos de madeira, que já estão caindo. Essa ponte é importante e merece mais atenção, porque serve de passagem para quem vai para Riograndina, Sumidouro e outras localidades”, disse a comerciante Michelle Maia da Rosa, que reclamou também dos transtornos e prejuízos causados durante o fechamento. Vale frisar que logo após esta entrevista a ponte voltou a ser interditada pela Prefeitura devido ao deslocamento de terra que atingiu algumas vigas de madeira que sustentavam parte da cabeceira.
Serviços de saúde, lazer e limpeza deixam a desejar
A falta de uma área destinada ao lazer e recreação da comunidade é outro problema apontado pela comunidade e que fica ainda mais evidente neste período de férias escolares. Durante a visita pelo bairro, a equipe de reportagem flagrou um grupo de meninos jogando bola no meio da rua, local inapropriado para brincar, mas que é a única opção de diversão dos pequenos. “Há alguns anos, a então prefeita Saudade anunciou que ia fazer uma quadra de esportes aqui, mas ficou só na promessa. Até hoje nossas crianças não têm onde brincar”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.
O setor de saúde é outro que deixa a desejar e os moradores reclamam das dificuldades no atendimento. “A UPA de Conselheiro só atende os casos de pediatria e acabamos tendo que ir para o Raul Sertã. Podíamos ter um posto de saúde por aqui para certas emergências”, sugeriu Joel Martins.
Completam a lista de reivindicações da comunidade melhorias nos serviços de limpeza, capina e manutenção do loteamento. Faltam placas de identificação das ruas e lixeiras nas calçadas, o que leva os moradores a improvisar e colocar latas de tinta e galões de plástico para depositar o lixo. “Estamos confiantes no novo prefeito e esperamos que ele resolva os problemas do bairro”, destacam Joel e sua esposa.
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