Moradores do Cônego reivindicam manutenção geral e o fim dos cavalos soltos nas ruas do bairro

sexta-feira, 30 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Moradores do Cônego reivindicam manutenção geral e o fim dos cavalos soltos nas ruas do bairro
Moradores do Cônego reivindicam manutenção geral e o fim dos cavalos soltos nas ruas do bairro

Eloir Perdigão

O Cônego é um bairro tranquilo, mas isso não é tudo. Tem também seus problemas, que poderiam ser resolvidos com um pouco mais de atenção. Basicamente falta a manutenção geral, como por exemplo, na praça e sua pista de skate. Mas a grande reclamação dos moradores é com relação aos cavalos soltos nas ruas. Além do perigo de acidentes, a sujeira e o mau cheiro imperam no local.

As ruas do Cônego são calçadas, a limpeza é satisfatória e não falta água. No entanto há quem reclame da iluminação pública e da coleta de lixo, que é feita três vezes por semana, além de às quintas-feiras haver coleta de lixo reciclável. Mas há a solicitação para que o lixo seja recolhido diariamente. Isto porque os caminhões coletam o lixo de restaurantes e padarias todos os dias. E já que os caminhões vão ao bairro, por que não coletar nos demais lugares? E a coleta seletiva deveria ter pelo menos mais um dia, pois o lixo reciclável acaba se acumulando nas casas. Outra reivindicação é que o lixo de sábado à noite dos restaurantes seja recolhido na manhã de domingo, o que não ocorre, e os cães acabam revirando o sacos e fazendo sujeira.

O bairro também deixou de ter um posto dos Correios e restou como opção Olaria ou o Centro para as correspondências. Moradores pedem o retorno do posto.

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL

A Prefeitura, através da administração regional local, está dando atenção ao bairro, considerada boa pelos moradores. Mesmo assim foram feitas algumas reivindicações. Uma delas é a praça e sua pista de skate, muito usada pelos desportistas, onde está faltando manutenção. O córrego local está tomado pelo mato. Nesta época ele tem pouca água, mas, se chover forte...

Como não há campo de futebol a garotada acaba rolando a bola no gramado da praça, deixando-o bem surrado. Genivaldo Esteves, da banca de jornais e revistas, pede que as autoridades construam um campo de futebol para a comunidade local. Ele sugere a reativação do chamado campo do coqueiro, entre a Via Expressa e o Rio Cônego, destruído na enchente de 1996.

O casal de professores Vânia e Carlos Alberto Freitas reclama dos cavalos soltos no bairro. “Eles estão por toda parte, oferecendo risco de acidentes e ameaça de doenças, sem contar a sujeira e o mau cheiro”, contam.

Esta é uma reclamação geral entre os moradores e há suspeita de que pessoas de outros lugares soltam seus animais ali para pastarem. E os cavalos espalham lixo até mesmo das lixeiras, que não são alcançadas pelos cães, mas pelos cavalos, sim. Há até o risco de se contaminarem e morrerem por ali mesmo. Mas o pior é a questão do trânsito, com riscos de danos físicos às pessoas, aos veículos e aos próprios animais. Os cavalos soltos acabam entrando em lugares nunca imaginados. A artesã Diva Mendonça conta que por mais de uma vez entraram no Pavilhão das Artes. Ao redor do pavilhão, lugar frequentado por turistas, também há sujeira e mau cheiro.

Diva reivindica do governo municipal algumas melhorias prometidas junto ao Pavilhão das Artes. Uma delas é o estacionamento para ônibus ao lado do prédio, a fim de que o estacionamento frontal seja apenas para veículos leves, para que o piso não seja danificado. Ela gostaria também que a prefeitura ajudasse mais na divulgação do pavilhão.

Colunista de A VOZ DA SERRA e também moradora do bairro, Eunice Lobo lamenta o despejo de entulho num terreno próximo à sua casa e do Pavilhão das Artes. Mas, a quem reclamar? O administrador do Cônego, Denilson Breder, deixou o cargo, e o sucessor escolhido, Gustavo Barroso, só assume no próximo dia 3. Até lá, os serviços prestados permanecem precários. Eunice crê que se o novo administrador já estivesse trabalhando, o entulho não estaria sendo jogado no referido terreno.

Moradores da Rua Aurora da Silveira, na Vargem Grande, solicitam o conserto do parquinho infantil, que funciona precariamente, com brinquedos quebrados e cheio de mato.

CONSTRUÇÕES

Um bairro com cerca de sete mil moradores já causa preocupações, como a construção de condomínios e a verticalização das construções, aparecendo várias novas moradias onde havia somente uma.

De acordo com alguns moradores, não está havendo preocupação com o impacto ambiental que isto causa, como abastecimento de água, esgoto e segurança, principalmente. Pedem maior atenção dos órgãos públicos. Salientam que o Cônego está crescendo e os serviços oferecidos pelos poderes constituídos não estão acompanhando esse crescimento. Um dos exemplos é que não há nenhum atendimento da área de saúde no bairro. As opções são Olaria ou Centro.

TRÂNSITO E SEGURANÇA

O Cônego é um dos bairros mais providos de restaurantes da cidade, o que tem atraído muita gente, principalmente nas noites de quinta, sexta-feira e sábado. E como foram feitas algumas mudanças recentemente no trânsito do bairro, alguns tumultos têm sido registrados, às vezes prejudicando até os ônibus.

A Rua Deolinda Thurler passou a ter mão única, o que parece ter sido aprovado pela maioria, mas isto fez aumentar o fluxo de veículos na Rua Francisco Cabral, que continuou com mão dupla. O morador Francisco Antunes Raposo sugere à Autran a adoção de mão única ali, entre as ruas Deolinda Thurler e José Athanásio da Silva, o que aliviaria bastante o movimento. Quem se dirigisse do Mercado do Lavrador para a Rua Francisco Cabral teria que dobrar à direita na José Athanásio da Silva.

Há uma reivindicação geral que a Autran envie agentes para o Cônego nas noites de quinta-feira a sábado. Até mesmo para coibir motoristas que entram na contramão na Rua Deolinda Thurler, podendo ocasionar acidentes. João Luiz da Silva Filho é testemunha de que às vezes os ônibus levam mais de meia hora para seguir viagem.

Se a Autran está sendo solicitada para agir no Cônego, a polícia também está. Já ocorreram assaltos a transeuntes e roubos a residências e estabelecimentos comerciais. Por fim, os moradores do Cônego reivindicam à Faol mais ônibus nos horários de pico.

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