Márcio Madeira da Cunha
Durante esta semana a Prefeitura despejou um grande volume de restos de obras no Coelhão, em Campo do Coelho. A localidade, que tem cerca de 30 residências e abriga 18 famílias, também sofre com enormes buracos em suas vias não pavimentadas, em especial as ruas Otávio Correia e Antônio Pinto Sobrinho. Agora, além dos buracos, lama e entulhos – incluindo vergalhões – também oferecem grande risco de acidentes a quem passa por ali.
Ao longo da semana os moradores tentaram contato com a Prefeitura e se mobilizaram nas redes sociais, compartilhando fotos e se unindo na busca por melhores condições de moradia. O funcionário da Prefeitura enviado para avaliar a situação, no entanto, acabou causando novos constrangimentos aos moradores. “Um funcionário da Prefeitura, muito mal educado e falando alto, passou aqui no loteamento esta semana. Como estou com febre não pude atendê-lo, e então ele ficou no portão da minha casa intimidando minha esposa. Ele queria saber quem tinha jogado o entulho ali. Depois, quando soube da origem do material, pediu desculpas por seu comportamento”, contou Wanderson Breder, morador da Rua Otávio Correia.
“Apesar de nunca terem sido calçadas, as ruas constam como tal na Prefeitura. Temos uma ponte (que dá acesso ao loteamento) que foi construída de forma precária e necessita de reforma. A rede de drenagem da RJ-130 (que conduz as águas das chuvas da estrada) está totalmente destruída e as enxurradas escavam as ruas, causando prejuízos às propriedades e entulhando o córrego que corta o loteamento. Não precisamos de lixo, precisamos é de urbanização”, postou na rede social o morador do local, Mauro Zurita Fernandes.
Quem passa pelo Coelhão confirma o abandono. “Estive lá no último domingo e constatei que realmente a coisa está terrível. Nem os vereadores que foram eleitos por esta comunidade parecem estar se importando com os moradores do Coelhão. As ruas estão em estado de calamidade”, afirmou Moacyr Breder Filho.
A comunidade, uma das mais atingidas pela catástrofe de 2011 durante e depois das chuvas, aguarda um posicionamento oficial por parte da Prefeitura não apenas em relação aos entulhos, mas também a respeito de todos os problemas de ordem urbanística que vem sofrendo há vários anos.
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