Moradores do Cascatinha querem recuperação da praça

quinta-feira, 29 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Eloir Perdigão
Quando perguntados sobre o que mais desejam, os moradores do bairro Cascatinha não titubeiam: a recuperação da praça. Já foi um primor e tinha até parquinho infantil, para fazer a felicidade da criançada. Hoje está deteriorada e nem sinal do parquinho. Pedro Cunha e Walter Saldanha conversavam em frente à praça e, ante a pergunta, foram categóricos ao responder que querem a sua recuperação. “É a menina dos olhos do bairro”, diz Pedro.
À medida que a praça foi se deteriorando, o parquinho foi desativado. Mas os moradores protestam e o querem de volta. Os jardins têm os cuidados básicos da Secretaria de Olaria, Cônego e Cascatinha, mas os dois vizinhos reconhecem que a praça poderia ter atenção maior. Os próprios moradores chegaram a fazer mutirões para melhorias e ornamentá-la para o Natal em anos anteriores. Porém ninguém se manifestou a respeito desse assunto até agora.
Além da situação da praça, ponto comum entre os moradores, há outras reivindicações. O ponto de táxi—que tem dois carros—não tem guarita nem banheiros. Já houve promessas nesse sentido, até agora não cumpridas. Na Rua Tohoru Kassuga houve um deslizamento de barreira rua abaixo. Faltou pouco para levar a pista. E a situação permanece a mesma, causando apreensão aos moradores, que pedem providências às autoridades. Há também reclamações de ratos nessa rua.
Os casos de problemas de saúde têm que ser tratados em Olaria ou no Centro. Os moradores sugerem a construção de um posto de saúde, nem que seja no bairro vizinho, o Cônego. Assim seriam beneficiados moradores dos arredores, como Sítio São Luiz, Vargem Grande, Granja do Céu e outros, além do próprio Cônego e da Cascatinha.
Os ônibus da linha Cascatinha circulam a cada 15 minutos—ou deveriam circular, pois há muitas reclamações com relação a atrasos. Os moradores sabem dos engarrafamentos pela cidade afora, mas reivindicam que sejam mantidos os quatro coletivos todo o tempo. Isto porque um deles é suprimido durante o dia e nos fins de semana, pois só circulam nos horários de pico. Sugerem também uma linha de ônibus que circule na imediações do Caledônia Montanha Clube.
Na Cascatinha, dentro do Parque Municipal Juarez Frotté, está instalada a Polícia Florestal, cujas viaturas transitam pelo bairro. Isso, a princípio, pode parecer uma vantagem, mas essa companhia não atende os moradores para os casos de segurança pública. Por isso julgam que seria providencial o aumento das rondas da Polícia Militar pelo bairro.
O comércio da Cascatinha é tido como bom, mas sem grandes lojas. Há um grande restaurante, confecções, a Igreja do Divino Espírito Santo e outras evangélicas, serviços de correio, táxi, entrega de gás e boa recepção de sinal de televisão. Também são elogiados os serviços de água e de esgoto (com reclamações sobre a taxa de esgoto, pois segundo os moradores não há tratamento no bairro); energia elétrica (embora a iluminação pública seja deficiente, inclusive na praça), telefonia (mesmo que os orelhões não funcionem) e coleta de lixo.
A Secretaria de Olaria, Cônego e Cascatinha mantém apenas um varredor para todo o bairro. Os moradores elogiam o esforço do funcionário, mas lamentam que lhe faltam condições de trabalho. A capina é feita com regularidade, mesmo que nesta época de chuvas o mato cresça muito. Uma mesma equipe atende a todos os bairros adjacentes. Os bueiros do Cascatinha, para não fugir à regra em Nova Friburgo, estão entupidos e quando chove as ruas viram um verdadeiro rio. E engana-se quem pensa que o Cascatinha não tem problemas de trânsito. Ali também há engarrafamentos.
A associação de moradores do Cascatinha tem histórico de boa atividade, mas está paralisada há muito tempo. Faltam lideranças no bairro. Os moradores confiam que os vereadores eleitos Zezinho do Caminhão e Gustavo Barroso, da área, prestigiem o bairro a partir do ano que vem. Afinal, desde Alencar Barroso que Cônego e Cascatinha não têm mais representação política. Eles não esperam mudanças da noite para o dia, porém que algo de bom aconteça.
Maria de Lourdes Thurler Guilland também lamenta o abandono da praça, que ela lembra ter sido tão bonita e hoje até cavalos costumam pastar por ali. “Há 12 anos não há cuidados com a praça”, afirma. E ela frisa que nem as crianças podem mais contar com o parquinho.
Uma barreira na rua de acesso à adutora do Caledônia é uma necessidade premente, já que o acesso é feito em meia-pista, carecendo de uma contenção urgente. Esta é a opinião do morador Altamiro Antônio Oliveira. Ele também aponta outra necessidade: o alargamento da ponte próxima ao Parque Municipal Juarez Frotté, que é estreita e já houve caso de dois ciclistas que caíram no rio nesse local, felizmente saindo apenas com ferimentos.

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