Cansados de esperar por uma solução que tarda a acontecer, moradores da Granja do Céu, no Cônego, fizeram manifestação na tarde de segunda-feira, 10, para cobrar das autoridades estaduais a construção de uma contenção na estrada de acesso ao bairro. Dois micro-ônibus chegaram a ficar retidos. No local houve um deslizamento de encosta por ocasião das fortes chuvas de janeiro de 2011. A única passagem foi interditada. Mais tarde, sem opção, os moradores voltaram a passar pela rua, mas os ônibus não voltaram, o que obriga os moradores a andar cerca de 40 minutos morro acima.
A manifestação teve a adesão de cerca de cem moradores, que revoltados, protestaram contra a precariedade do acesso à Granja do Céu, o que impede a circulação dos ônibus. Com o protesto, os motoristas não conseguiram retornar ao Centro com os dois coletivos, que ficaram retidos mais de duas horas.
Ainda no ano passado a estrada de acesso à Granja do Céu chegou a ser interditada pela Defesa Civil depois do deslizamento de terra, mas os moradores e carros voltaram a circular e somente veículos pesados não estão passando, como os ônibus.
O manifesto dos moradores foi pacífico. A Guarda Municipal e a Polícia Militar somente acompanharam o movimento, sem ser preciso intervir. O secretário municipal de Defesa Civil, tenente-coronel bombeiro João Paulo Mori, esteve no local na manhã de terça-feira, 11, e manteve a decisão de que os ônibus não passem pelo ponto do deslizamento. Ele se baseia no relatório de avaliação da geóloga Sandra Fernandes da Silva, do Serviço Geológico do Brasil, que recomenda a “manutenção das moradias interditadas em 2011 e não autorização de passagem de veículos de carga e ônibus no local. A passagem destes veículos pode acelerar o processo de movimentação da encosta, devido à sobrecarga na mesma, colocando em risco a vida das pessoas que utilizam esta rua” (Rua Regina Azevedo). O relatório recomenda ainda a execução de contenção da encosta para solução definitiva do processo de movimentação.
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