Um dos destinos mais procurados pelos turistas cariocas, os distritos de São Pedro da Serra e Lumiar estão com as reservas fechadas. Em Lumiar, já é possível observar o aumento do movimento nas ruas, restaurantes e, principalmente, nas cachoeiras da região.
Considerada ponto turístico, a “praia do friburguense” recebe um grande número de pessoas durante o verão. Mas, os moradores do distrito mostram-se preocupados com a segurança dos banhistas.
Em função das chuvas de fim de ano, as estradas vicinais têm o acesso dificultado, com muita lama e buracos. Além disso, as chamadas cabeças de água (aumento rápido e repentino do nível de um rio corrente ou cheio, devido às chuvas nas cabeceiras ou em trechos mais altos de seu percurso) são muito comuns e perigosas. É preciso ficar atento às enxurradas.
Os moradores do distrito reclamam que, por conta do grande número de pessoas na região, as vagas para estacionar os carros são escassas e muitos motoristas tentam dar o famoso “jeitinho”, estacionando em fila dupla, em locais proibidos ou mal parados, que complicam a mobilidade.
“As pessoas estacionam de qualquer jeito, então, tem hora que fica difícil”, diz a presidente da Associação de Moradores de Lumiar, Silvia Faltz.
Ambulância
Pedido recorrente, o distrito de Lumiar ainda não possui uma ambulância à disposição para socorrer moradores e turistas. A Associação reitera que é de vital importância um socorro de plantão em dias de alta temporada, como agora. A sede do Corpo de Bombeiros está a 33km de distância, assim como o Hospital Municipal Raul Sertã, para onde as vítimas são levadas. O tempo de deslocamento até o centro de Lumiar varia de 35 a 45 minutos. Ou seja, para chegar até o distrito e levar o paciente para o Hospital Raul Sertã demora cerca de 01h30 levando em consideração o atendimento no local.
“Todo verão passamos pela mesma aflição e a prefeitura não consegue colocar uma ambulância para fazer os atendimentos prioritários. Já pedimos que o Posto de Saúde – que é uma unidade básica – seja transformado em um posto de atendimento 24 horas, mas a secretaria disse que não pode atender essa demanda. Temos uma RJ-142 precária e nenhuma manutenção dá conta de acabar com os buracos de uma vez por todas. Então, em qualquer emergência, o transporte fica prejudicado, atrasando a chegada para atendimento no hospital, principalmente se for feito num veículo particular”, reclamou Silvia.
Segundo o Comandante do 6ºGBM do Corpo de Bombeiros, Thiago Alecrim, “existe um estudo, no qual já se definiu uma área, objetivando a criação de um posto do Corpo de Bombeiros na região. Em se tratando de emergência, a área é atendida por uma ASE Avançada (ambulância com médico)”.
A prefeitura informou que uma ambulância está à disposição para atender a região. No entanto, o veículo está lotado no distrito adjacente, em São Pedro da Serra. “O equipamento serve também como um suporte ao trabalho do Corpo de Bombeiros, órgão responsável pela remoção de acidentados de vias públicas”, respondeu o município.
A decisão de colocar a ambulância no 7º distrito desagradou a presidente da Associação de Moradores de Lumiar. “É uma ambulância comum, de pouca estrutura e que, no mínimo, deveria estar em Lumiar. A cada 10 atendimentos, sete são para o 5º distrito”, informou Silvia.
No início da madrugada do último domingo, 29, uma motorista ficou ferida após um grave acidente, na altura do Poço Feio. Segundo informações da Associação, foi feito um pedido de socorro à polícia e ao Corpo de Bombeiros, “mas a resposta foi assustadora! Eles disseram não ter carros disponíveis para realizar o atendimento. Sugeriram que levássemos a moça em nosso carro para o Raul Sertã. Uma médica fez um "atendimento" pelo telefone e lamentou que essa situação se mantenha”, relatou uma moradora à Associação.
Cachoeira da Adutora
A Cachoeira da Adutora, um dos points do Cascatinha para fugir do calor, também recebe um grande número de banhistas nesta época do ano. Muito bem conservada e policiada pelos próprios banhistas, o local está em alerta. Um poste caído desde as últimas chuvas coloca em risco tanto a pureza das águas quanto a segurança física de quem se aventura por lá. Com a queda, o poste partiu ao meio e alguns vergalhões estão à mostra. Enferrujados, eles podem perfurar facilmente um banhista e causar tétano (Infecção bacteriana grave que causa espasmos musculares dolorosos e pode levar à morte).
Pedimos um posicionamento da prefeitura com relação a essa situação, mas até a atualização desta notícia não obtivemos resposta.
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