"Não somos forçados a nada: oferecemos nossos dados de mão beijada, bastar pedir com jeitinho"
Quem afirmou isso foi o economista-chefe da Google, Hal Varian.
A minha humilde impressão é de que teremos que optar entre isso ou privacidade. E quem, com tantas vantagens trazidas pelo futuro, optará pela privacidade vintage?
O futuro chegou voando rasante nas macrovidas públicas e nas microvidas cotidianas, sacudindo lares, hábitos, casais e relacionamentos diversos.
E o mais genial e admirável do que estamos vivendo é que não somos tradicionalmente forçados a nada: oferecemos nossos dados de mão beijada, bastar pedir com jeitinho. Com contas em redes sociais poderosas como o Facebook ou Google, nos vinculamos a um monte de outros aplicativos, basta um clique e autorizamos tudo o que quiserem saber sobre nós, até o número do cartão de crédito! Trocamos nossos insignificantes dados (afinal quem somos nós nesse mundão?) por serviços cada vez melhores. Troca justa, não?
Perdemos o controle de quem e quantos têm os nossos dados. Uma pesquisa feita no ano passado com americanos revelou que 91% deles reconhece que perderam o controle de como e para que seus dados foram coletados. Já era.
Você tem medo? Deu frio na barriga? Provavelmente sim. Mas isso não impede ninguém de continuar se expondo, entregando seus dados e consumindo tudo de melhor que o mundo digital pode nos oferecer. É uma espécie de vício - somos adictos e nos entregamos completamente à nossa luxúria digital.
Sabemos de tudo de maior que isso significa, mas será que já nos demos conta do quanto estarmos ligados a vários computadores e mobiles está inevitavelmente mudando a maneira que teremos que nos comportar e conduzir as regras de nossos diversos relacionamentos, especialmente o amoroso?
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