O dentista Júlio Aguiar, morador do Cônego, inspirado na ideia de moradores do Parque Maria Teresa, em Riograndina, instalou na manhã deste sábado, 23, na rua, uma prateleira para que as pessoas possam depositar e pegar emprestado livros e revistas. A miniblioteca comunitária, batizada por ele de "Biblioteca Pública", está num dos pontos de ônibus da Rua Dom João VI e foi inspirada, segundo ele mesmo admitiu, em iniciativa parecida tomada há cerca de um mês no outro extremo de Nova Friburgo. O objetivo é o mesmo: incentivar a leitura por pessoas de todas as idades e condições sociais.
Julio (foto abaixo)afirma que tem pretensões de fazer mais dessas prateleiras e espalhá-las pelo bairro, mas depende do apoio da população. “Eu li a reportagem da VOZ DA SERRA que mostrou a iniciativa dos moradores do Parque Maria Teresa e achei a ideia muito boa. Então resolvi fazer o mesmo aqui no Cônego. No momento é uma experiência. Quero ver se as pessoas vão aderir à ideia, se a prateleira vai ficar intacta, se ninguém vai vandalizar”, afirmou.
Se tudo der certo, o próximo ponto de ônibus a receber uma dessas prateleiras é o ponto da praça do Cônego. “Eu quero colocar próximos às escolas. Ali tem muito jovem e um fluxo de pessoas bom. Todo mundo vai se beneficiar.”
Julio convida a todos os moradores a aderirem à minibliblioteca. “Nós aceitamos doações. É só chegar, colocar um livro na prateleira ou pegar um livro, ler e devolver. Tudo de forma gratuita”.
De acordo com os dizeres da placa onde está instalada a Biblioteca Pública, “os livros que se encontram aqui são de uso público. Todos podem ler, levar para casa e devolver quando terminarem de usar. Lembre-se de ajudar o próximo e traga um livro para esta estante. Incentive a leitura! Proteja o meio ambiente! Proteja o que é seu!”
Parque Maria Teresa, em Riograndina, foi pioneiro na cidade
Uma prateleira vermelha repleta de livros tem mobilizado e encantado leitores do loteamento Parque Maria Teresa, no distrito de Riograndina, em Nova Friburgo. Instalada há pouco mais de duas semanas no ponto de ônibus da pracinha, a minibiblioteca tem atraído crianças, jovens e adultos, que podem pegar os livros e devolvê-los quando quiserem.
“Não controlamos a retirada dos livros”, conta o comerciante Rafael de Almeida. Ele tem uma mercearia perto da praça e teve a ideia de construir uma biblioteca no ponto de ônibus depois de assistir a uma reportagem no Fantástico, da TV Globo, sobre compartilhamento de livros. “Pensei: por que não fazer algo parecido aqui no bairro?”
Rafael conversou com Léo Dobrowsky, no dia em que o amigo foi à mercearia fazer compras, e os dois começaram a desenhar a minibiblioteca num guardanapo. Léo começou a tirar a ideia do papel em casa. Ele doou a madeira e fez a prateleira. Rafael contribuiu com mão francesa, suportes usados para fixar a estrutura no ponto do ônibus.
“Num sábado instalamos a prateleira e na segunda-feira seguinte eu levei os primeiros livros para a biblioteca. Livros que eu havia lido há algum tempo e que não me importaria em doar”, disse Dobrowsky, que é produtor audiovisual.
A pequena biblioteca (foto acima) começou a atrair a atenção dos moradores no dias seguintes. Curiosos, alguns olhavam a prateleira, mas não pegavam os livros. Outros foram até a mercearia do Rafael perguntar se ele sabia o que era aquilo. O projeto se espalhou pelas redes sociais e ganhou o apoio dos moradores.
“No começo, o pessoal ficou um pouco sem jeito de pegar e levar os livros. Agora, eles pegam, levam para casa e também deixam livros na prateleira. Os moradores se empolgaram a abraçaram a ideia. Está ficando interessante”, disse Rafael.
Há de tudo um pouco na minibiblioteca: livros pedagógicos, revistas, enciclopédias, livros-reportagem, filosofia, ficção, livros infantojuvenis e cristãos, como a Bíblia, e até apostilas de partituras de músicas clássicas e cursos de idiomas. Rafael e Léo planejam agora aumentar a prateleira para colocar mais livros. Eles também querem carimbar os livros com uma marca do projeto.
“A leitura nem sempre é acessível. Livro no Brasil é muito caro. Com smartphones, internet e jogos, a leitura tem ficado em segundo plano, então, queremos estimular isso. Enquanto o passageiro espera o ônibus, que demora para chegar no Maria Teresa, ele pode ir folheando os livros, as revistas”, comentou Léo.
Iniciativas comunitárias como essa são comuns no Maria Teresa. Em agosto do ano passado a Associação de Moradores realizou um censo. Durante dois anos, os representantes da comunidade colheram informações para buscar melhorias para o loteamento junto aos órgãos públicos. As ruas, por exemplo, precisam de recapeamento.
A pesquisa revelou que o Maria Teresa possui 1.441 moradores, 523 casas, 14 ruas, a faixa etária da maioria dos residentes (30 e 39 anos) e o nível de escolaridade da população (maior parte tem nível fundamental incompleto). No início deste mês, o loteamento, no distrito de Riograndina, completou 38 anos.
Em 28 de agosto A VOZ DA SERRA publicava reportagem sobre a minibiblioteca no ponto de ônibus do loteamento Parque Maria Teresa, no distrito de Riograndina. Instalada no início de agosto, a iniciativa vem atraindo crianças, jovens e adultos, que podem pegar os livros e devolvê-los quando quiserem.
“Não controlamos a retirada dos livros”, contou, na época, o comerciante Rafael de Almeida. Ele tem uma mercearia perto da praça e teve a ideia de construir uma biblioteca no ponto de ônibus depois de assistir a uma reportagem no Fantástico, da TV Globo, sobre compartilhamento de livros. “Pensei: por que não fazer algo parecido aqui no bairro?”
Rafael conversou com Léo Dobrowsky, no dia em que o amigo foi à mercearia fazer compras, e os dois começaram a desenhar a minibiblioteca num guardanapo. Léo começou a tirar a ideia do papel em casa. Ele doou a madeira e fez a prateleira. Rafael contribuiu com mão francesa, suportes usados para fixar a estrutura no ponto do ônibus.
“Num sábado instalamos a prateleira e na segunda-feira seguinte eu levei os primeiros livros para a biblioteca. Livros que eu havia lido há algum tempo e que não me importaria em doar”, disse Dobrowsky, que é produtor audiovisual.
A pequena biblioteca começou a atrair a atenção dos moradores no dias seguintes. Curiosos, alguns olhavam a prateleira, mas não pegavam os livros. Outros foram até a mercearia do Rafael perguntar se ele sabia o que era aquilo. O projeto se espalhou pelas redes sociais e ganhou o apoio dos moradores.
“No começo, o pessoal ficou um pouco sem jeito de pegar e levar os livros. Agora, eles pegam, levam para casa e também deixam livros na prateleira. Os moradores se empolgaram a abraçaram a ideia. Está ficando interessante”, disse Rafael.
Há de tudo um pouco na minibiblioteca: livros pedagógicos, revistas, enciclopédias, livros-reportagem, filosofia, ficção, livros infantojuvenis e cristãos, como a Bíblia, e até apostilas de partituras de músicas clássicas e cursos de idiomas. Rafael e Léo planejam agora aumentar a prateleira para colocar mais livros. Eles também querem carimbar os livros com uma marca do projeto.
“A leitura nem sempre é acessível. Livro no Brasil é muito caro. Com smartphones, internet e jogos, a leitura tem ficado em segundo plano, então, queremos estimular isso. Enquanto o passageiro espera o ônibus, que demora para chegar no Maria Teresa, ele pode ir folheando os livros, as revistas”, comentou Léo.
Deixe o seu comentário