Mobiliário exclusivo e sustentável

Jovem arquiteto friburguense mostra talento e consciência ambiental
segunda-feira, 03 de junho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Mobiliário  exclusivo e sustentável
Mobiliário exclusivo e sustentável

Flávia Namen

Transformar resíduos de madeira em charmosos móveis e utilitários para o lar. Este é o trabalho do jovem arquiteto e designer friburguense Camilo Folly, que cria produtos diferenciados em parceria com marceneiros da região. São mesas, estantes, bancos, biombos, aparadores e utensílios produzidos com sobras de vários tipos de madeiras, como maçaranduba, mogno, sucupira, peroba, cedro e jatobá, que resultam em peças diferenciadas com uma gama extraordinária de cores. Os objetos criados levam o selo da marca Ripa Design, lançada em 2011 pelo arquiteto com o intuito de reaproveitar materiais que costumam ser descartados por marcenarias e serrarias. “Trabalhamos com sobras que iriam para o lixo ou seriam queimadas. A variedade do material nos permite criar peças de design único, por conta dessa variedade de cores e tipos de madeira encontrados”, explica Camilo.
As criações da Ripa Design já foram expostas em espaços como o Museu da Casa Brasileira, Salão Design – Movelsul, Sebrae Minas Design e revistas especializadas. Além do bom gosto e do padrão exclusivo, as peças estão em sintonia com um novo conceito em decoração: o da sustentabilidade. “Apesar de simbólico, reduzimos o corte de árvores necessário para a produção moveleira. Procuramos dar uma pequena contribuição e apontar uma solução para o grave problema do desmatamento de nossas florestas. O Brasil é o país mais rico do mundo em variedade de madeira, mas devemos saber usar, sem exageros, o que a natureza nos oferece”, destaca Camilo.
Arquiteto e urbanista formado pela PUC-Rio, Camilo começou a trabalhar com sobras de madeira em 2009, como parte de um projeto de faculdade. A iniciativa deu certo e vem ganhando espaço na imprensa e no comércio especializado. “Nossos produtos podem ser encontrados em algumas lojas de decoração do Rio, como a Nova Desenho e a Mutações. Também acabamos de fechar uma parceria com a Velha Bahia, que está começando a explorar peças com design contemporâneo”, diz Camilo, que se divide entre Nova Friburgo e Rio de Janeiro, onde está a maioria de seus clientes. 
Quem quiser conferir as peças produzidas pela Ripa Design pode acessar o site da marca — www.ripadesign.com —, onde também consta o contato para vendas e encomendas. Além dos produtos exclusivos, o site também tem fotos com as “montanhas” de sobras de madeira descartadas pelas marcenarias e que dão origem a produtos diferenciados. “É um material de baixo custo, que pode ser muito bem reaproveitado e este é um de nossos objetivos. Queremos chamar a atenção do público em geral para o grande desperdício que ainda existe em nossa sociedade”, pontua Camilo.
Quem quiser conferir as peças produzidas pela Ripa Design pode acessar o site da marca — www.ripadesign.com —, onde também consta o contato para vendas e encomendas. Além dos produtos exclusivos, o site também tem fotos com as “montanhas” de sobras de madeira descartadas pelas marcenarias e que dão origem a produtos diferenciados. “É um material de baixo custo, que pode ser muito bem reaproveitado e este é um de nossos objetivos. Queremos chamar a atenção do público em geral para o grande desperdício que ainda existe em nossa sociedade”, pontua Camilo.


Aos 27 anos, talento mais que promissor

Aos 27 anos, o friburguense Camillo Folly trabalhou no escritório do renomado arquiteto e designer Sergio Rodrigues, entre outros escritórios de arquitetura no Rio de Janeiro. Autor de projetos de interiores, residências e edifícios públicos, como arquiteto independente segue atuante na área de projeto de arquitetura. Foi voluntário no instituto de permacultura Tibá Rose, onde colaborou no desenvolvimento e construção de projetos que utilizam materiais naturais/tradicionais, tais como barro, pedra e bambu ou reciclados. Seu interesse pela bioconstrução o levou a uma temporada de oito meses na Austrália, onde ministrou, junto à arquiteta Rebecca Whan, workshops sobre construção com terra, utilizando-se de técnicas como adobe, super adobe, pau a pique, entre outras, para elaboração de equipamentos públicos junto à comunidade australiana.

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