O Ministério da Saúde reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para as pessoas que precisam de uma cirurgia bariátrica, nos casos em que há risco de vida do paciente. Além dessa medida, também está prevista a inclusão de exames e de outras técnicas cirúrgicas. A iniciativa marcou o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, comemorado na última quinta-feira, 11, e foi tomada com base em estudos que apontam o aumento crescente da obesidade entre os adolescentes brasileiros. Na Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009, por exemplo, foi constatado que 21,7% das crianças e jovens na faixa de 10 a 19 anos estão acima do peso—índice que em 1970 era de apenas 3,7%.
A cirurgia, entretanto, permanece como último recurso para perda de peso. Antes de recorrer ao procedimento, o paciente entre 16 e 65 anos deve passar por avaliação clínica e cirúrgica e ter acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos. Nesse período, o paciente é submetido a uma dieta e, se os resultados não forem positivos em relação a esse e outros métodos convencionais, a cirurgia é recomendada.
O Ministério da Saúde também continuará fortalecendo as ações primárias e de prevenção da obesidade por meio do incentivo à mudança dos hábitos de vida da população como alimentação adequada e prática de exercícios físicos regulares.
Para o ministro da Saúde Alexandre Padilha, as propostas têm o objetivo de ampliar o acesso e dar mais qualidade à cirurgia bariátrica: “Queremos aprimorar o que já existe no SUS de acesso ao procedimento cirúrgico. A primeira medida a ser tomada é ampliar a faixa etária. Dados apontam o aumento da obesidade entre jovens e adolescentes, num importante momento da vida para evolução clínica de outros fatores de complicação relacionados à obesidade grave, como hipertensão e diabetes”.
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