Ministério da Agricultura discute em Nova Friburgo ações de combate a doenças animais

quarta-feira, 08 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encerra hoje, 8, no Hotel Mirador Dominguez, na subida do teleférico, no Suspiro, a Reunião Estadual de Defesa Sanitária Animal. O evento é promovido anualmente para discutir as estratégias, como campanhas de vacinação de rebanhos e ações de conscientização dos produtores e criadores, que serão desenvolvidas pelo estado do Rio de Janeiro no combate a doenças típicas dos animais de corte, principalmente bovinos, caprinos, suínos, como a febre aftosa, tuberculose, brucelose e raiva.

De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Medicina Veterinária, Rômulo Spinelli, as ações apontadas para integrar os programas sanitários serão encaminhadas ao Ministério da Agricultura e, se aprovadas, colocadas em prática pelos programas sanitários da Secretaria Estadual de Agricultura, Pesca e Abastecimento. A reunião que acontece desde segunda-feira, 6, tem a participação de chefes de dez núcleos regionais do Ministério da Agricultura (Nova Friburgo, Três Rios, Itaocara, Bom Jesus do Itabapoana, Itaperuna, Campos, Rio Bonito, Barra Mansa, Seropédica e Rio de Janeiro).

A meta do encontro, que também prepara fiscais para coordenação estadual, é desenvolver estratégias para manter o rebanho do estado, que reúne aproximadamente dois milhões de cabeças, livre de doenças. Assim, pretende-se manter a exportação brasileira de carne animal, um dos carros-chefe do agronegócio nacional. Rômulo Spinelli destaca a importância da vacinação contra aftosa, sempre em maio e setembro e a necessidade de união das entidades de classe e dos órgãos municipais, estadual e federal de defesa animal. Também será proposto o cadastramento de todos os rebanhos para facilitar o controle de doenças.

“Precisamos manter o estado do Rio livre de doenças. Se um animal for infectado com febre aftosa ou brucelose, por exemplo, toda a exportação de carne brasileira é imediatamente interrompida gerando enormes prejuízos”, atesta Spinelli, lembrando que a fiscalização rigorosa do estado é primordial também para garantir à população o consumo de carne de qualidade. Vale lembrar que as principais doenças animais são a brucelose e tuberculose (transmitidas aos seres humanos pelo leite e carne de bovinos), cisticercose (contraída a partir da ingestão da carne de suíno mal cozida) e a raiva animal, transmitida por morcegos hematófagos. Também são monitoradas pelos órgãos estaduais de defesa animal a BSE, conhecida ainda como vaca louca e a gripe aviária, a fim de evitar a entrada de ambas no país.

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