Mesmo remédio chega a custar mais que o dobro do preço em Friburgo

Levantamento realizado entre farmácias da cidade mostra diferença de valores para medicamentos idênticos
quarta-feira, 24 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra
A boa e velha pesquisa ainda é a melhor forma de aliviar o peso no bolso. A diferença de valores para um remédio pode chegar a 142% em Friburgo (Reprodução)
A boa e velha pesquisa ainda é a melhor forma de aliviar o peso no bolso. A diferença de valores para um remédio pode chegar a 142% em Friburgo (Reprodução)

Ir à farmácia faz parte da rotina de muitos brasileiros, principalmente na época do inverno. Descongestionantes, analgésicos, antibióticos e antigripais são alguns dos medicamentos que estão no topo da lista dos mais procurados pelo consumidor. Quem precisa de remédios frequentemente conhece bem os impactos dessa despesa no orçamento, e sabe que a boa e velha pesquisa ainda é a melhor forma de aliviar o peso no bolso.

Um levantamento feito por A VOZ DA SERRA em cinco drogarias no centro da cidade mostra que a diferença de valores para um remédio pode chegar a 142%. Foram analisados os preços de 12 itens, todos de referência (marca) — isto é, não foram considerados os genéricos (confira a lista abaixo).

Dentre os produtos pesquisados, o que apresentou maior variação foi a dipirona — analgésico, antitérmico e antipirético muito utilizado no tratamento de dores e febre. Em três das cinco drogarias pesquisadas, o medicamento é vendido na faixa dos dois reais. Entretanto, em um dos estabelecimentos o valor cobrado é de R$1,75 e em outro chega a custar R$ 4,25. Uma variação de 142%.

A aspirina também está entre os remédios com maior variação de preços. Se em uma farmácia o consumidor compra o analgésico por R$3,32, em outro estabelecimento o preço é R$6,80 — mais que o dobro do valor.

O Ponstan, anti-inflamatório não esteroide com ação analgésica, muito utilizado no tratamento de cólicas menstruais e enxaquecas, também está entre os remédios com maior variação no preço. Na terceira drogaria visitada pela equipe, o medicamento estava sendo vendido a R$11,90, enquanto na farmácia 5 o consumidor paga duas vezes mais para levar o mesmo produto para casa, R$24,10, isto é, uma diferença de 102%.

Embora não esteja entre os primeiros no ranking de desigualdade entre valores, o descongestionante Neosoro também chamou atenção pela variação de preço. Na farmácia 1 e 4, o medicamento foi encontrado a R$2,99, enquanto na farmácia 5, a mesma solução é vendida a R$5,47 — diferença de 82% —, R$ 2,48 a mais.

Uma boa dica para os clientes é ficar atendo ao chamado Preço Máximo ao Consumidor (PMC), estabelecido pelo governo. A tabela com os valores é atualizada mensalmente e contêm dados como o preço do fabricante — que se refere ao teto de preço pelo qual um laboratório ou distribuidor de medicamentos pode comercializar no mercado brasileiro um medicamento que produz — e o PCM a ser praticado pelo comércio varejista. A tabela é publicada no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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(A Voz da Serra)
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