Mês dos Namorados em Friburgo será marcado por um Festival de Cinema sobre o tema amor

quarta-feira, 19 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra
Mês dos Namorados em Friburgo será marcado por um Festival de Cinema sobre o tema amor
Mês dos Namorados em Friburgo será marcado por um Festival de Cinema sobre o tema amor

Dalva Ventura

Nova Friburgo ganhou um presente e tanto da Energisa (leia-se Fundação Ormeo Junqueira Botelho). Um festival de cinema de âmbito nacional e sobre o amor, tema que interessa a todo mundo. O 1º Cineamor (www.cineamor. com.br) tem tudo para se firmar no cenário nacional e atrair muitos turistas. O evento vai acontecer, propositadamente, entre os dias 4 e 13 de junho, pegando o Dia dos Namorados e o Dia de Santo Antônio, o famoso santo casamenteiro.

Prestigiando o festival, que vai ter tapete vermelho e tudo o que tem direito, diversos diretores e personalidades do meio artístico estarão na cidade neste período. Segundo Mônica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e a inventora do festival, será um evento inédito no Brasil e talvez no mundo, pois são muito raros os festivais de cinema temáticos.

No caso, o tema escolhido foi o amor, em seu sentido mais amplo. Os organizadores estão apostando numa programação de filmes de amor caprichadíssima, com as melhores produções no gênero de todos os tempos, inclusive lançamentos. E mais: na sedução que o tema desperta em namorados, casais, amantes e solteiros em busca de romance ou aventuras.

Será um evento cultural com uma chancela simpática, que é o amor e se relaciona intimamente com aquilo que a cidade tem de melhor para oferecer ao turista, reforçando a imagem de ‘cidade dos namorados’ que Friburgo já tem. É só uma questão de oportunizar este fato, dos comerciantes entenderem e aproveitarem isso, assim como os hoteleiros e os donos de bares e restaurantes, que poderão criar pratos e drinks especialmente para o festival.

A agenda completa do Cineamor será divulgada entre os dias 13 e 15 de maio, mas uma coisa podemos garantir desde já: durante os dez dias do festival, os friburguenses e também os turistas que visitarem a cidade neste período poderão assistir ao melhor da produção mundial no gênero. A programação inclui uma mostra não-competitiva com 25 longas-metragens emblemáticos da cinematografia mundial. Filmes para todas as idades e gostos, desde clássicos, filmes antigos em preto e branco, clássicos modernos (dos anos 70 para cá) até filmes sobre a temática gay, sem esquecer as produções nacionais, todos sobre o tema amor, inclusive as dos cineastas mais novos.

As exibições acontecerão tanto no Teatro Municipal como nos distritos, com todas as seções gratuitas, bastando apenas retirar senhas antecipadamente.

Cidade tem tudo a ver com romance

Um dos maiores atrativos do festival foi o concurso de roteiros de curtas – obrigatoriamente sobre o tema amor, é claro – que também terão de ser rodados aqui em Friburgo. Já em sua primeira edição contou com a participação de 220 inscrições do Brasil inteiro. Os três roteiros selecionados – A florista do outro lado da praça, de Luciano Ordine Caldas (SP), Um outro ensaio, de Natara Ney (RJ), Love express, de Patrícia Lopes (RJ) – já estão sendo rodados na cidade e estrearão na última semana do festival. Cada projeto premiado ganhou R$ 60 mil, sendo que a metade deste dinheiro tem que ser gasta, obrigatoriamente, aqui em Nova Friburgo. Uma locação de muito charme, diga-se de passagem.

Além disso, os organizadores abriram uma mostra competitiva com uma seleção de 15 curtas-metragens – também sobre o amor, é claro – e que teve 130 inscritos de todo o país e estarão concorrendo a troféus.

Também haverá uma programação paralela, com exposições de arte e espetáculos musicais, que irão contemplar consagradas baladas pop devidamente açucaradas, as famosas trilhas românticas que o cinema imortalizou.

Com tudo isso, já se sabe que Friburgo receberá turistas dos mais diversos locais do país e até do exterior durante o Cineamor. A Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho está investindo quase R$ 1 milhão de reais nesta primeira edição do festival, que também tem o patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio e o apoio da prefeitura. Os olhos de Mônica Botelho, brilham quando fala sobre o festival. Empolgada, explica que a ideia do evento foi dela. “Eu sempre quis trazer um festival para Nova Friburgo, mas queria algo que estabelecesse uma relação, que tivesse uma liga com a cidade”, diz.

Ao que parece, Mônica acertou em cheio. Friburgo, de fato, é uma cidade que evoca o romance, constitui um cenário perfeito para este tipo de abordagem. Segundo Mônica, tem o tom ideal, por ser uma cidade serrana, romântica, charmosa, que remete a um vinho, uma lareira. “A própria indústria da moda íntima, de uma certa maneira, suscita fantasias”, afirma. Mas, para tanto, é importante que os friburguenses entendam a proposta do festival, que este tenha uma “liga” com a cidade.

Ao contrário da maioria dos festivais de cinema, que costumam ser mais voltados para a classe cinematográfica e nem tanto para o público, o Cineamor vai se dirigir principalmente aos espectadores. “Nossa ideia é oferecer aos friburguenses e turistas, um evento doce, delicado, sexy, polêmico, exagerado, passional, terno, agressivo, eterno, perdido, bandido, masoquista, sádico, épico, histórico, erótico, tudo ao mesmo tempo e numa só tomada”, diz Mônica. Nem é preciso explicar o porquê da escolha do tema, mas vale ressaltar que o amor continua sendo a grande mola-mestra do mundo.

“O amor é um tema recorrente, tanto que o acervo de filmes deste gênero é inesgotável, daqui a cem anos teremos filmes de amor para exibir”, explica Mônica.

O secretário municipal de Cultura, Roosevelt Concy, também está animadíssimo com o evento que se aproxima. “Quando a Prefeitura criou o Festival do Inverno, sabíamos que seria um sucesso, mas tivemos a maior dificuldade para levantar recursos até os patrocinadores acreditarem no projeto. Hoje está sendo o contrário. Vem a Fundação Ormeo Junqueira e banca, de cara, a primeira edição. O produto já nasce maturado”.

“É por acreditar no potencial da cidade que estamos fazendo o evento aqui”, ressalta Mônica. “Mas, para que ele possa atingir os resultados que a gente, realmente, gostaria, temos que contaminar os friburguenses com o espírito do festival. Queremos que o evento possa se inserir no contexto da cidade de uma forma muito mais abrangente que a de puro entretenimento”, continua.

A Fundação, que já tem uma grande experiência com festivais de cinema (até porque já faz o Festival de Cinema dos Países de Língua Portuguesa, na Paraíba e em Portugal), vai fazer a sua parte. Isto é, fazer com que todas as exibições aconteçam com a necessária qualidade técnica, mas para que o Cineamor é uma oportunidade de envolver toda a cidade, a gente gostaria de sensibilizar os comerciantes, o setor hoteleiro, o setor turístico a tomar partido da ideia.

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