Conforme já mostrado em diversas reportagens publicadas em A VOZ DA SERRA, as ruas de Nova Friburgo estão sendo ocupadas por um número crescente de pedintes. Um dos pontos críticos é o centro da cidade, em especial a Avenida Alberto Braune, onde menores perambulam pelas calçadas vendendo balas e mariolas. Desde o fim do ano passado a presença dos ambulantes mirins tem sido constante na principal avenida do município, o que vem provocando muitas queixas. “Essas crianças abordam com insistência os passantes pedindo para que comprem seus produtos. Algumas vezes, chegam a constranger as pessoas”, diz uma moradora do Centro, que preferiu não se identificar.
Outros pontos críticos onde é comum a presença de pedintes menores são o entorno da rodoviária urbana, a calçada da Oficina Escola de Artes, ambas na Praça Getúlio Vargas, e em frente a farmácias e supermercados. Recentemente também tem sido comum a presença de mulheres com crianças ao colo vendendo balas nas ruas do Centro.
Problema social frequente na maioria das cidades brasileiras, a presença de menores nas ruas vai na contramão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), composto por uma série de artigos que visam ao bem-estar dos menores. Segundo o estatuto, é dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Em seu 4º artigo, o estatuto prega que é dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar aos menores, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Vale destacar que a redação de A VOZ DA SERRA continua recebendo queixas de leitores sobre a presença de menores nas ruas. Além de citar o ECA, a maioria dos reclamantes enfatiza que toda a comunidade deveria se conscientizar que dar esmolas ou comprar mercadorias de crianças só contribui para aumentar o problema.
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