Na última quinta-feira, 18, parentes e amigos da jovem Laryssa Svodoba — que faleceu no último dia 16, no Hospital Raul Sertã — realizaram um protesto na Avenida Alberto Braune, pedindo esclarecimentos sobre a causa da morte da adolescente e também justiça para o que eles acreditam ter sido negligência e erro médico.
No dia 26 de novembro, Laryssa teve um filho na Maternidade de Nova Friburgo, mas por complicações no parto, foi transferida, dias depois, para o Hospital Raul Sertã, em estado grave. O médico Mário Horwacz, que a atendeu no hospital, concordou em falar com A VOZ DA SERRA para contar o que aconteceu com a jovem, de 16 anos, desde que ela deu entrada no hospital até o seu falecimento.
Segundo ele, Laryssa chegou ao Hospital Raul Sertã com anemia e infecção graves.
"Ela iniciou tratamento com antibióticos fortes e passou a respirar por aparelhos. Não tinha como operá-la naquele momento. Conversei com a mãe e a avó dela, expliquei o que estava acontecendo e por que deveríamos esperar. No dia 3, quarta-feira, houve uma estabilização no quadro de Laryssa e eu a enviei para a cirurgia. Constatamos uma fascite necrosante, ou seja, uma infecção muito forte, provavelmente causada por uma bactéria anaeróbica, ou seja, que morre com a presença de oxigênio. Ela estava com muito pus e os pontos da barriga e do útero haviam cedido por causa dessa infecção. Mas o útero estava com aspecto normal. Com isso, a infecção foi controlada, a ferida foi fechando e Laryssa saiu do respirador. Estava tudo indo bem, falei com a família dela. No dia 11, quinta, fui vê-la e ela apresentava uma evolução bem positiva. Estávamos otimistas. Mas logo depois, não sabemos por que, ela teve uma hemorragia cerebral e veio a morrer”, conta o médico, complementando: "O que posso dizer é que a cesária, tecnicamente, foi normal, mas recebemos Laryssa já em estado grave e fizemos de tudo para salvá-la”, afirma Mário Horwacz.
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