Alçar voos mais altos não é apenas uma expressão para o cavaleiro Matheus Garrido. O jovem atleta de Nova Friburgo já se consolidou em sua categoria no estado, e agora começa a ganhar espaço também no hipismo internacional. No último mês, Garrido participou do Longines Rio Equestrian, uma Festival Internacional realizado no Rio de Janeiro. Sob orientação do medalhista olímpico Luiz Felipe de Azevedo, o friburguense garantiu a medalha de prata ao conquistar o vice-campeonato, categoria Jovem Cavaleiro, 1,20cm. O evento foi realizado na Sociedade Hípica Brasileira, e Matheus montou a égua Eclética Massangana para conseguir o feito.
O conjunto formado pelo cavaleiro e sua égua Eclética já dura seis anos e os resultados mostram que a parceria é um sucesso. Matheus consegue manter o ritmo de crescimento dentro do esporte, e já são vários títulos conquistados pela Fape, o Centro Equestre Luiz Felipe de Azevedo.
A coleção de bons resultados leva Matheus Garrido a fechar o ano de 2014 como vice-campeão do Ranking Feerj (Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro), categoria Jovem Cavaleiro A.
Dedicação desde os 10 anos
Aos 15 anos de idade, Matheus Garrido possui currículo e retrospecto de um cavaleiro experiente. A primeira participação em competições aconteceu em março de 2009, com apenas 10 anos de idade. Logo na primeira etapa do Ranking Feerj 2009, Categoria Escola Iniciante 40cm, alcançou o surpreendente quarto lugar. No ano seguinte, tornou-se campeão de uma etapa na categoria Escola Intermediária 80cm. Vice-campeão Estadual, em 2010, aos 12 anos, recebeu homenagem na décima edição da festa "Melhores do Esporte Edição 2010 Nova Friburgo”, com o troféu de Honra ao Mérito
Na temporada seguinte, o título de campeão Estadual Feerj 2011 na categoria principal (90 cm) consolidou a revelação do hipismo do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, Garrido cruzou as divisas do estado e tornou-se vice-campeão Brasileiro de Escolas, em competição realizada no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo.
Após um acidente, Matheus não participou de provas durante o ano de 2012. O retorno aconteceu com o título da Categoria Avançada na Sociedade Hípica Brasileira, em competição válida pela 1ª Etapa do Ranking Escolas 2013. Em janeiro deste ano participou da Clínica de Hipismo em São Paulo, ministrada pelos renomados cavaleiros Ludo Philippaerts (Bélgica) e Yuri Mansur (Brasil).
No mesmo mês, Matheus Garrido fez parte da Clínica de Aprendizagem e Aperfeiçoamento em Equitação, promovida por Luiz Felipe de Azevedo. O atleta, detentor de duas medalhas olímpicas de bronze (Atlanta em 1996 e Sidney em 2000) e uma de ouro conquistada no pan-americano de Havana (Cuba), gostou do desempenho de Matheus e o convidou para fazer parte da equipe Fape.
Desde então, Matheus Garrido compete pela organização. Os títulos e participações em torneios importantes se multiplicam, assim como o reconhecimento. Uma nova promessa do esporte friburguense começa a se tornar realidade.
Prêmio conquistado no Rio de Janeiro é o primeiro internacional do atleta friburguense
Missão
Auxiliar do Frizão, Luiz Mendonça comanda Seleção Brasileira de Futebol para Amputados no México
Há quatro anos, o auxiliar técnico do Friburguense Luiz Mendonça comanda a Seleção Brasileira de Futebol para Amputados e vive sobre a linha tênue das dificuldades, superação, falta de apoio e de reconhecimento. Ainda assim, consegue resultados. Bicampeão da Copa América, o Brasil busca o título mundial no México. A competição teve início neste domingo, e prossegue durante esta semana.
Vinte e três seleções disputam o campeonato. O Brasil está no grupo A, ao lado de Uzbequistão, Irlanda e Ucrânia. Na primeira partida, venceu a Irlanda por 2 a 0. Agora se prepara para enfrentar a Ucrânia e encerra a participação na primeira fase contra o Uzbequistão. Compõem o grupo B o México, Polônia, Geórgia e Itália; no grupo C estão Rússia, Haiti, Alemanha e Quênia; no D, Argentina, França, Colômbia e El Salvador; no E se enfrentam Turquia, EUA, Irã e Japão e no grupo F estão Inglaterra, Gana e Angola.
Técnico "por acaso”
A história de Luiz Mendonça com a Seleção começa no Friburguense. O treinador comandava uma atividade para as divisões de base no clube, quando um grupo de oito amputados visitou o Eduardo Guinle. "O Siqueira (gerente de futebol) me chamou e explicou que aquele grupo era de Niterói, coordenado pelo Mário Mello, de Nova Friburgo, e que viria aos sábados. Então, me pediu para que fizesse o trabalho com eles e eu aceitei. Fiquei surpreso, pois não sabia nem por onde começar. Pensava em como lidar com eles. Comecei a fazer o trabalho, fiquei e eles falaram para não ter pena, que eram pessoas normais. A partir desse momento eu passei a tratá-los normalmente e o preconceito foi desfeito de imediato.”
Os treinamentos fluíram, e o tempo passou. Em 2010, a Seleção Brasileira da modalidade realizou uma temporada de treinos em Nova Friburgo. O treinador à época não pôde comandar um dos treinos e Mendonça o substituiu a convite de Mário. "Fiz um coletivo naquele dia, trabalhei também no dia seguinte e fui convidado para integrar a equipe como auxiliar. Pouco tempo depois o Uchoa anunciou que não poderia continuar. Recebi a proposta para assumir a seleção e aceitei.”
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