Matérias - 6 de dezembro

sexta-feira, 05 de dezembro de 2008
por Jornal A Voz da Serra

A resistente Cuba

Mario de Moraes

Numa de suas últimas viagens ao exterior, o presidente Lula foi visitar Cuba. Na ocasião teve uma conversa de uma hora, a portas fechadas, com Fidel Castro. O herói de Sierra Maestra, que está enfermo, passou o governo do país para seu irmão Raul Castro. Lula, ao ser entrevistado, declarou que Fidel está muito bem disposto.

A história de Cuba e a queda do ditador Fulgencio Batista, abaixo vai contada.

Quando a União Soviética, que ajudava Cuba de diversas maneiras, se desmembrou, a maioria pensou que esse seria o fim do governo de Fidel Castro. Os Estados Unidos, inconformados com a expropriação de empresas e de terras rurais pertencentes a americanos e localizadas naquele país, com indenizações baseadas no valor declarado ao fisco no exercício anterior, bem inferior ao real, impuseram um embargo econômico àquele país, além de ameaçar qualquer nação que comerciasse com Cuba. A União Soviética entrou em defesa da ilha comandada por Fidel Castro, comprando os produtos cubanos que não podiam ser exportados. Os americanos ficaram furiosos, já que vivia-se a “guerra fria” e Cuba ficaria sob a órbita soviética a 120 km de distância de seu território. Depois que a União Soviética acabou e foi desmembrada, a Rússia suspendeu a ajuda a Cuba, mas os Estados Unidos mantiveram o embargo econômico, sob a alegação de que o regime castrista desrespeitava os direitos humanos.

Cuba, uma ilha subtropical, localizada no Mar do Caribe, cuja dimensão chega a 1.200 km de uma ponta a outra (mais ou menos a distância de Brasília a Curitiba), quase do tamanho da América Central, com uma população estimada em 11 milhões de habitantes, sendo três milhões em Havana, capital do país, passou a virar-se sozinha, embora com muitas dificuldades.

Apesar disso, os índices de desenvolvimento que Cuba apresenta surpreendem a maioria daqueles que acreditam que o país vive em situação das mais precárias. Lá não existem analfabetos e 70% de sua população possui nível universitário, o que constitui um problema, uma vez que falta mão-de-obra para trabalhar nos campos de produção. Atualmente, Cuba é referência no campo do saneamento básico, educação e medicina social (que é pública e de boa qualidade).

Enquanto nações bem mais desenvolvidas enfrentam o problema da dívida externa, em Cuba ele não existe. Apesar da atual e grave situação econômica enfrentada pelo mundo, o crescimento anual da ilha é da ordem de 4%. E o país vem exportando biotecnologia e novas técnicas na saúde cosmética. Isto porque investe bastante em pesquisa e desenvolvimento do uso do conhecimento humano.

Durante quatro séculos a ilha de Cuba foi explorada pela Espanha. Em meados do século 16, com o esgotamento dos metais preciosos, a produção açucareira tornou-se a base da sua economia, graças à força do trabalho dos escravos africanos. No século 19, os Estados Unidos eram o maior comprador do açúcar cubano.

Em 1868 um latifundiário chamado Carlos Manuel Céspedes tomou a si a tarefa de conseguir a independência do país. Em 10 de outubro de 1868, à frente de 200 homens, ele enfrentou as tropas espanholas, proclamando a independência de Cuba. Seu primeiro ato como governante foi libertar todos os escravos que se unissem às tropas revolucionárias. Mas Céspedes foi derrotado e deposto em 1873. As tropas cubanas, no entanto, continuaram a resistir até 1878, quando os espanhóis retomaram o controle da ilha.

José Martí, um jovem de 16 anos, resolveu ocupar o lugar de Céspedes, fundou um jornal de oposição (La Patria Libre), mas foi preso e condenado a trabalhos forçados. Mais tarde o deportaram para a Espanha. Desse país foi para a Venezuela e Estados Unidos, procurando juntar forças para conseguir a independência de Cuba. Em 1892 fundou o Partido Revolucionário Cubano. Depois de conseguir o apoio de uma tropa de cubanos exilados, em 1895 desembarcou em Cuba com o objetivo de conquistar a independência do seu país. Foi morto um mês após o início do conflito, mas os revoltosos que o acompanhavam prosseguiram na luta até 1898, quando os Estados Unidos entraram no conflito, vencendo-os e transformando Cuba numa de suas colônias.

Naquele mesmo ano um navio de guerra dos Estados Unidos, o USS Maine, ancorado em Havana, explodiu inesperadamente e a imprensa e o governo norte-americano colocaram a culpa na Espanha.

Os Estados Unidos declararam guerra à Espanha, atacando e invadindo os territórios espanhóis não só no Caribe, mas também no Pacífico. Derrotada, a Espanha retirou-se de Cuba e os Estados Unidos declararam a sua independência, tornando Cuba um protetorado americano e nomeando o general John Brooke como seu governador geral. Veio, então, a exploração. Todos os produtos que Cuba produzia eram exportados apenas para os Estados Unidos a preços muito baixos e revendidos por preços bem maiores.

Até 1902, Cuba foi ocupada pelos Estados Unidos e terminou concordando, para ser libertada, com uma cláusula em sua Constituição que dava o direito aos Estados Unidos de invadi-la a qualquer momento em que os interesses econômicos americanos fossem ameaçados. Essa monstruosidade foi batizada como Emenda Platt e tornou Cuba um protetorado estadunidense até 1933.

Nesse mesmo ano um golpe militar encabeçado pelo sargento estenógrafo Fulgencio Batista ocupou o poder. Em 1940, ele foi eleito presidente da República e promulgou a Constituição Liberal, conduzindo, em 1952, um novo golpe militar apoiado por diversos partidos políticos. Mesmo sendo a maior economia do Caribe, em 1958, Cuba era apenas a oitava entre os 20 maiores países latino-americanos no que se refere ao PIB e um dos mais pobres do Caribe, considerando o PIB per capita. A isto somava-se o grande desequilíbrio entre a área rural e a urbana.

Nessa época havia em Havana um grande número de prostitutas, essa indústria sendo a mais rentável da ilha. A maioria dos clientes se constituía de ricaços vindos dos Estados Unidos. A prostituição, a corrupção e as negociatas eram a característica da era Batista, fazendo com que a maioria dos cubanos, enojada, se afastasse do regime.

As classes média e baixa da população estavam muito descontentes e isto levou os estudantes, liderados por José Antonio Etcheverria, a criar um Diretório Estudantil Revolucionário, criando um grupo armado que, em março de 1953, atacou o palácio presidencial. Etcheverria foi morto e o diretório disperso. Liderados por um estudante de Direito, chamado Fidel Alejandro Castro Ruz (Fidel Castro) outro grupo de estudantes iniciou novo movimento contrário ao governo. O grupo atacou uma guarnição militar e, no combate, alguns foram mortos e Fidel Castro preso. Julgado, Fidel foi condenado a 15 anos de prisão, mas libertado em seguida por interferência de poderosas entidades religiosas, viajando para o México. Foi lá que ele conheceu um médico argentino comunista que atendia pelo nome de Ernesto Guevara, Che na intimidade.

E foi Guevara quem ajudou Fidel a montar um movimento revolucionário composto de jovens estudantes que iniciaram uma luta contra Batista, que durou 25 meses. No dia 7 de novembro de 1958, vindo de Sierra Maestra – onde encontrava-se o quartel-general dos revoltosos – Che Guevara iniciou a vitoriosa marcha rumo a Havana, capital de Cuba. Vendo-se perdido, o ditador Fulgencio Batista, no dia 1º de janeiro de 1959, fugiu acompanhado por alguns dos seus seguidores.

Fidel Castro assumiu o poder e mobilizou a juventude cubana, conseguindo eliminar o analfabetismo – que era de 40% – em apenas um ano. Utilizando-se de cem mil jovens Fidel realizou a reforma agrária em Cuba. E desapropriando terras dos americanos, os indenizava pelo valor que haviam declarado ao Imposto de Renda. Isto fez com que os Estados Unidos considerassem Fidel um inimigo e tentassem derrubá-lo. Entre 17 e 21 de abril de 1961, perto de 1.500 exilados cubanos, recrutados e treinados pela CIA (entidade da inteligência norte-americana) tentaram invadir Cuba através da Baía dos Porcos. As tropas cubanas mataram 300 deles e aprisionaram 1.200. Fidel entrou em entendimentos com o governo dos Estados Unidos, comprovadamente autores da invasão, e recebeu US$ 50 milhões em alimentos e medicamentos pela libertação dos prisioneiros.

Devido às relações do governo cubano com a União Soviética, que vivia uma guerra fria com os Estados Unidos, Khrushchov decidiu colocar alguns mísseis soviéticos em Cuba, voltados para a América do Norte. O presidente Kennedy, dos Estados Unidos, ameaçou invadir a ilha ou bombardear as rampas de lançamento. Os soviéticos retiraram os mísseis e Kennedy decretou um embargo naval a Cuba, impedindo que os cargueiros soviéticos chegassem àquela ilha.

Hoje em dia o turismo é uma das fontes mais rendosas para o governo cubano, com seus ótimos shows realizados em sofisticadas boates e cabarés. Boa parte de seus fregueses é formada por americanos em busca de diversão, atraídos pelas belas morenas cubanas.

Nutricionistas recomendam consumo de peixe pelo menos uma vez por semana

O ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes como a sardinha, é muito importante para a saúde

Ronnie Rogers Fialho

sardinha é um peixe muito consumido em Nova Friburgo. Com o nome científico Sardinella brasiliensis, devido ao alto número de cardumes no mar Mediterrâneo da ilha da Sardenha, é rica em ácido graxo ômega-3. No ranking só perde para a cavala e o arenque e ganha do nobre salmão. A espécie mais popular é a sardinha verdadeira, encontrada no litoral fluminense e no capixaba, com preço popular e ao alcance de muita gente.

O benefício do peixe para a saúde do ser humano é orgulho de pesquisadores, que viram um alimento da classe mais humilde se tornar precioso para o bem-estar das pessoas. Especialistas recomendam apenas atenção no consumo da sardinha em conserva. Deve-se ter cautela e não exagerar, porque a que é conservada em óleo comestível contém ômega-6, uma gordura típica da alimentação ocidental, que em excesso pode provocar inflamações.

Os peixes, de uma maneira geral, inclusive a truta consumida em Nova Friburgo, são ricos em aminoácidos essenciais, substâncias não produzidas pelo organismo do ser humano, mas fundamentais para o bom funcionamento deste. Os peixes também são ricos em vitaminas e minerais como sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro e fósforo, entre outros, que ajudam a regularizar as funções do corpo e a colaborar com o metabolismo de nutrientes.

Segundo a nutricionista do Sesc e colunista do caderno Light de A VOZ DA SERRA Elisa Barbosa Loureiro, estudos indicam que o ômega-3 é capaz de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, baixar as taxas de triglicerídeos e colesterol no sangue, auxiliar na prevenção de diabetes, osteoporose, enxaquecas, reduz a pressão arterial, melhora a concentração e a memória. Ele promove ainda o aumento da motivação e da velocidade de reação e aumento das habilidades motoras. “A vantagem do consumo de peixe em relação à carne de vaca é por causa do teor e a qualidade da gordura. Os peixes, principalmente as trutas que vivem em águas frias, são ricos em gorduras insaturadas e poliinsaturadas e contém pouquíssimo colesterol”, diz a nutricionista.

“Hoje nós brigamos com as gorduras insaturadas, poliinsaturadas, gorduras trans, porque temos radicais livres em excesso, produzindo uma inflamação silenciosa. O ômega-3 é uma substância que protege as células, principalmente a célula do cérebro, onde nós temos mais de 50% de gorduras. Isso tem muito a ver com a nossa inteligência”, explica o médico ortomolecular José Augusto da Silva.

Estudos demonstram também que a deficiência de ômega-3 está associada a doenças do sistema nervoso central, como a depressão, a esquizofrenia, o déficit de atenção, a hiperatividade e a agressividade.

O ideal é a ingestão de peixe pelo menos três vezes por semana, mas muitos não têm este hábito. A indicação é que se consuma o alimento pelo menos uma vez por semana, se intercalando com carne bovina, suína e aves. “É importante ressaltar que os peixes devem ser consumidos preferencialmente assados, grelhados ou cozidos, já que a fritura não deixa o peixe tão saudável”, aconselha a nutricionista.

É tempo de Natal na internet

Sites têm opções para escolha de presentes, do cardápio da ceia e de cartões virtuais

O Natal está chegando e com ele as tradições de fim de ano, como a troca de presentes e a confraternização da ceia. Para quem não sabe o que preparar para o cardápio, está sem inspiração para escolher presentes e não quer enfrentar fila nos Correios para enviar cartões de boas festas, uma boa dica é acessar a internet. A rede dispõe de uma variedade de sites especializados em temas natalinos e pode ser uma ótima ferramenta para quem deixou os preparativos para a última hora.

Um bom começo é o Yahoo!Natal (www.yahoo. com.br/natal), que oferece uma variedade de sugestões de presentes e cartões virtuais. Quem quiser organizar o amigo secreto com a ajuda do site também concorre a um fim de semana na Costa do Sauípe, para duas pessoas.

Outra boa opção é o Presente de Natal (www.presentedenatal.com.br), que ajuda a fazer bonito na hora de presentear. Isso porque o site dispõe de uma ferramenta que sugere presentes de acordo com o perfil dos parentes e amigos. Ao acessá-lo também é possível consultar uma série de curiosidades sobre as tradições natalinas. Histórias sobre o nascimento de Jesus, a árvore de Natal e o Papai Noel podem ser encontradas em várias seções.

Quem quer preparar uma ceia de dar água na boca sem exagerar nas calorias também pode contar com a ajuda da internet. Uma boa dica é acessar o portal IG, que reservou um bom espaço para o Natal na sessão Panelinha (panelinha.ig.com.br/natal), com sugestões de receitas – todas testadas – para a data. Também é possível encontrar sugestões para montar a mesa de Natal e saber qual é o cardápio da ceia dos famosos.

Nesta correria de fim de ano a rede também é uma boa opção para quem faz questão de enviar mensagens de boas festas, mas não tem disposição de enfrentar filas nas agências dos Correios. Além de economizar tempo, é possível encontrar uma variedade de mensagens originais e coloridas, e o que é melhor: sem gastar nada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade