Banda Alessen mostra heavy metal para Deus
Diego Aguiar Vieira
O som não mente: a música de Alessen é pesada. Seu CD de estreia, Grande é Deus, carrega na influência do heavy metal, mas, como o título deixa claro, é um disco de louvor. Mas a música é cristã e não gospel, alerta Alessen: “Minha música é baseada nos princípios da Bíblia, mas este é um CD de rock”.
Para o cantor e guitarrista de 25 anos, “é importante lembrar as pessoas da importância de Deus, abrindo a visão pelo bem e pelo amor”. O foco de sua música é buscar o questionamento daqueles que a ouvirem. Quanto a sua opção por um estilo musical pouco convencional, ele se defende dizendo que poucos foram os que não gostaram do ritmo adotado.
“O uniforme de crente nunca salvou ninguém. Deus não está preocupado se você se veste bem ou mal, se usa brincos ou anda de chinelos, Ele quer que você ponha seu amor em prática”, diz Alessen, lembrando que a música é uma linguagem universal.
“Além disso, as pessoas tendem a encaixar os cristãos em estereótipos. Mas ninguém precisa sofrer por amor a Deus, precisamos ser naturais. Somos cristãos que resolveram usar a música como um instrumento, um veículo para espalhar a palavra de Deus”, diz Gilson Wilbert, produtor, baixista e guitarrista do grupo liderado por Alessen.
O grupo, que também conta com o baterista Rodrigo, busca não se fechar numa redoma, tocando em diversas igrejas, principalmente no sul e em São Paulo. O primeiro CD de Alessen pode ser encontrado em diversas lojas da cidade.
A MAGNÍFICA CAPELA SISTINA
Mario de Moraes
Para aqueles que nunca viajaram para fora do país, principalmente para a Itália, acreditamos que é interessante lembrarmos alguns lugares de Roma – mais precisamente do Vaticano – que só conhecem através de fotos ou de ouvir dizer. A Capela Sistina (ou Sixtina) é um deles.
Situada no Palácio Apostólico, residência oficial do papa, é datada dos anos 1475 e 1483 (período em que foi construída), durante o pontificado de Sisto IV. A celebração eucarística de inauguração foi realizada em 15 de agosto de 1483.
No início era um projeto simples destinado ao culto particular dos papas e da alta hierarquia eclesiástica. Como era época de expansão política e territorial da Santa Sé, acabou tornando-se um símbolo magnífico do cristianismo.
A capela, no entanto, ficou famosa principalmente pelo fato de nela terem sido realizados os conclaves para a eleição do papa, sumo pontífice da Igreja Católica Romana.
A virada do Quattrocento para o Cinquecento foi um dos momentos mais marcantes para a história da arte ocidental, possivelmente mundial. A Itália, com base em Florença, apresentou uma boa quantidade de geniais artistas que surpreenderam o mundo da arte. Referindo-se ao grande número de artistas que surgiram no mesmo período, Josef Gombrich, um dos mais célebres historiadores da arte do século 20, declarou: “Não há como explicar a existência do gênio. É preferível apreciá-lo”.
Entre os maiores exemplos desse magnífico período de arte está a Capela Sistina, que teve o privilégio de contar com os mais geniais artistas da época na sua concepção. Para tanto, Sisto IV, desejando restabelecer o prestígio e fortalecimento do papado, convidou os maiores artistas italianos a viajarem a Roma, notadamente os de Florença, onde viviam os mais famosos. De lá e da Úmbria vieram artistas consagrados que, após algum tempo, depois da eleição do Papa Júlio II, tornaram Roma a capital cultural italiana, marcando, no fim do século 15, o ciclo pictórico de maior relevo da Itália.
Nomes como Michelangelo, Rafael, Verrocchio e Botticelli são bons exemplos dessa época esplendorosa. Entre as maiores obras de arte criadas nesse período encontra-se a Capela Sistina. Baccio Pontelli foi o autor do projeto arquitetônico, sendo responsável pela reformulação e revitalização urbanística efetuada em Roma naquele período, realizando inúmeras obras públicas. As dimensões do projeto foram inspiradas nas descrições contidas no Antigo Testamento referentes ao Templo de Salomão. Sua forma é retangular e mede 40,93m de longitude, 13,41m de largura e 20,70m de altura. Inúmeros e famosos artistas da época esculpiram e pintaram suas paredes, transformando a capela numa incomparável obra de arte reconhecida em todo o mundo. A capela é dividida em duas partes desiguais, fruto da arte de Mino de Fiesole, Giovanni Dálmata e Andréa Bregno. Esses mesmos artistas foram responsáveis pela construção do coro. Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam três níveis: o primeiro, junto ao chão, em mármore, simulando refinadas tapeçarias; no intermediário ficam os afrescos narrando os episódios da vida de Cristo e de Moisés. A cronologia tem início a partir da parede do altar, onde se encontram, antes da feitura do Juízo Final de Michelangelo, as cenas iniciais e um retábulo de Perugino representando a Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a capela. No nível mais alto encontram-se as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram colocadas as imagens dos primeiros papas. Afrescos inspirados no Velho e Novo Testamento decoram as paredes laterais, assim como o teto.
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