Mergulho acadêmico
’Globo Universidade’ retrata o que há
de melhor nas faculdades do Brasil
por Carla Neves / PopTevê
Mergulhar no universo acadêmico e mostrar o que ele anda desenvolvendo de melhor e mais inovador em termos de ensino, pesquisa e projetos científicos. Este é o objetivo do Globo Universidade, que vai ao ar aos sábados, às 7h15, na Globo, às 13h5, na Globo News, e às quartas, às 16h30, no Futura. Apresentado pelos jovens jornalistas André Curvello e Bianca Rothier, o programa, com duração de 25 minutos, visita universidades espalhadas pelo Brasil inteiro atrás de trabalhos científicos que tenham relevância não apenas para o meio universitário, mas também para a vida das pessoas de um modo geral. “Nosso objetivo é mostrar onde o Brasil dá certo. E que a pesquisa brasileira acontece com vigor de Norte a Sul”, explica Curvello, empolgado.
Neste sábado, dia 9 de maio, é a vez de André e Bianca mostrarem o que anda sendo desenvolvido de mais interessante na PUC-Rio. Por conta disso, a dupla se dedicou a quase uma semana de imersão na universidade católica carioca. Tudo para gravar os quadros Mérito Acadêmico, Fora de Série e Eu amo meu Trabalho, entre outros. A primeira a gravar foi Bianca, que fez uma reportagem com o professor de Economia José Márcio Camargo, especializado em mercado de trabalho. Na matéria, o economista fala sobre o custo do trabalhador, o que, para a jornalista, vem bem a calhar em tempos de crise econômica mundial. “A matéria explica quanto o patrão tem de pagar de imposto, férias, 13º. Ou seja, todos os encargos que envolvem o trabalhador”, esclarece ela.
Depois da conversa com o economista, Bianca decidiu dar um giro pela PUC-Rio para entrevistar alunos do curso de Economia. Com sua pequena câmara de celular na mão, a repórter entrevistou estudantes de Economia para saber o que os levou a optar pelo curso. Visivelmente feliz durante a gravação do quadro, que aparece em diversos momentos do programa, Bianca confessou o que mais a atrai em apresentar o Globo Universidade: “O conteúdo científico e o lado comportamental dos alunos. Também é muito bom viajar, conhecer culturas diferentes”, derrama-se.
Depois de gravarem a participação de Bianca, a pequena equipe técnica – formada pelo cinegrafista Josué Luz e o técnico Thiago Miranda – partiu para o Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio para gravar a parte de André, que ficou encarregado de apresentar uma pesquisa inovadora na área de reologia, ramo da engenharia mecânica que estuda a deformação e o movimento da matéria. Experiente e já conhecedor dos jargões científicos, antes de começar a gravar, o jornalista orientou os professores e os alunos a falarem da forma mais simples e didática possível. “Sempre procuro falar de uma maneira que a minha avó entenda”, justifica.
E André leva a simplicidade a sério. Tanto que repetiu três vezes a sequência em que explica ao telespectador o que é reologia, uma parte da física que investiga as propriedades de corpos que não são nem sólidos nem líquidos. Afinal, para o apresentador, a linguagem tem de estar sempre clara, visto que – apesar de o programa ir ao ar cedo, aos sábados às 7h10 –, muitos vestibulandos estudam aos sábados e assistem ao Globo Universidade antes de sair de casa. Alguns, conta, chegam a optar por determinada carreira depois de acompanharem o programa. “Na rua, várias pessoas falam que mudaram de profissão depois de assistirem ao programa”, orgulha-se, acrescentando que também chegam à redação inúmeros e-mails com dúvidas, sugestões e elogios à produção.
O apresentador conta que eles recebem tantas sugestões de pauta que, muitas vezes, fica difícil selecionar o que será mostrado no programa. Como vários estudiosos querem divulgar suas pesquisas, foi criado um banco de pautas, no qual as ideias de reportagem ficam guardadas. Assim, nunca falta assunto. Prova disso é que André e Bianca já apresentaram projetos científicos de universidades de Norte a Sul do Brasil. “Me sinto muito à vontade dando formato jornalístico a temas acadêmicos”, confessa o simpático apresentador, acrescentando que sempre se interessou pelo universo acadêmico.
Aparecidas aparecências
Se não fossem mulheres, não apareciam. Decerto enviariam mensageiros para anunciar a sua chegada ou criariam algum pretexto para aparecer. Não boiariam em águas profundas, não mergulhariam em charcos, não habitariam grutas nem vagariam por regiões áridas a semear rosas. Surgiriam na marra, à frente de batalhões ou de algum dragão decapitado.
Se não fossem mulheres, decerto apareceriam só para parecer. Por exibição ou por umbigo não cortado, girariam as próprias células em torno do si: mesmo, idêntico, imutável.
Mas como eram elas e não eram eles, deram de aparecer em santidade quântica. Por pura aparecência se espalharam por grotas, oceanos, rios, lagos, janelas e charcos. Em silêncio. Sem alarde. Por gosto muito além da língua e do paladar.
E foram mastigadas em comunhão profana por toda ela outra que aparecia. Em princípio eterno, sem Verbo e ponto final, abraçaram o mundo em santíssima reticência.
obs: se você gostou da minha/nossa Santíssima, dê uma olhadinha no meu livro Senhoras do Santíssimo Feminino, publicado pela Editora Rosa dos Tempos (do Grupo Record ), onde muitas outras Santíssimas esperam loucas para aparecer e contar histórias.
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