Marcelo Verly, vereador pela terceira vez consecutiva

sábado, 10 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
“Minha posição continuará sendo de absoluta cooperação e serviço” Administrador por formação, pós-graduado em gestão, engenharia e administração pública, prestes a completar 42 anos, Marcelo Verly será o único vereador na nova legislatura a cumprir o terceiro mandato consecutivo. Experiente no Legislativo e no Executivo, Marcelo Verly também preside o PSDB em Nova Friburgo, partido que compôs a coligação Recria Nova Friburgo, que elegeu Rogério Cabral para administrar o município entre 2013-2016. “Não houve acordo para ocupação de cargos, mas sim a construção conjunta de um projeto de recriação e desenvolvimento de Nova Friburgo”, afirma. Ele destaca que, “ao longo dos dois mandatos, independente de quem fosse o chefe do Executivo, sempre mantive a postura de votar em projetos que propusessem melhorias para a cidade e para a população”. E acrescenta: “Minha posição continuará sendo de absoluta cooperação e serviço”. Marcelo Verly também fala sobre a cogitação de seu nome para a Secretaria municipal de Educação e a disputa da presidência da Câmara.Você é um dos cinco vereadores reeleitos e o único com terceiro mandato consecutivo na nova Câmara. Como avalia sua posição?A história mostra que reeleição de forma consecutiva por mais de dois mandatos não acontece com muita frequência. Consegui acumular uma boa experiência nos dois primeiros mandatos e acredito que tanto eu como os demais vereadores reeleitos teremos muito a contribuir com os novos vereadores, principalmente os que nunca estiveram na Câmara. Minha posição continuará sendo de absoluta cooperação e serviço, como nos mandatos anteriores. Além disso, ao longo destes dois mandatos, independente de quem fosse o chefe do Executivo, sempre mantive a postura de votar em projetos que propusessem melhorias para a cidade e para a população, fossem de iniciativa do Executivo ou do próprio Legislativo. O fato de ter concorrido pela coligação que apoiou o prefeito eleito Rogério Cabral e sua vice, a Drª. Grace Arruda, traz outra perspectiva. Eles têm grandes planos e projetos para a cidade e a Câmara será de extrema importância para a implementação desses projetos.A sua eleição foi mais fácil ou mais difícil do que você esperava?Nenhuma eleição é fácil, pois a relação entre o eleitor e candidato é de confiança, e isso independe de se ter ou não mandato anterior. Nova Friburgo teve uma eleição atípica, a primeira pós-tragédia, num clima de muita insatisfação da população em relação à classe política e até mesmo pelo sentimento de desesperança. Mas, em todas as minhas caminhadas durante a campanha, senti muito carinho e respeito por parte da população. Por isso, a minha reeleição representa o reconhecimento dos eleitores pelo trabalho realizado. Agradeço cada voto recebido. E não é fácil ser candidato. É preciso coragem, determinação e sola de sapato reforçada. Todos os candidatos que colocaram seu nome à disposição da população têm meu respeito. Campanha é cansativa, mas também gratificante. E agora, reeleito, permaneço a serviço da população de Nova Friburgo e também do prefeito Rogério e sua vice Drª. Grace, a quem ajudamos a eleger, e dos vereadores da nova legislatura.Seu partido integrou a coligação que elegeu o novo prefeito. Qual será a sua participação e a do PSDB no próximo governo?Quando o PSDB fechou a parceria com Rogério Cabral, a direção municipal e estadual apostaram em um projeto de reconstrução e retomada do desenvolvimento para o município. Nossa primeira aposta foi nesse projeto. Nova Friburgo, depois do evento climático de 2011, precisa urgentemente de uma condução político-administrativa que promova sua reestruturação, ou como dizia o slogan da campanha, sua recriação em novas bases. As propostas do prefeito eleito têm esse horizonte. Não houve nenhum entendimento quanto à ocupação de espaços ou cargos, não era uma preocupação pré-eleitoral, nem condição para o PSDB apoiar a candidatura. Faço parte da equipe de transição do governo e, neste momento, é nossa prioridade. O deputado estadual Luiz Paulo, presidente regional do PSDB, também está trabalhando por Nova Friburgo através da inclusão de emenda ao orçamento estadual 2013 para ajudar na construção do hospital regional estadual, compromisso de Rogério Cabral durante a campanha. Depois de ter feito parte dos governos Saudade, Heródoto e Dermeval, além de ter apoiado Olney em 2008, e ter conseguido se reeleger na coligação de Rogério Cabral, como você explica sua participação em grupos políticos tão distintos?Essa é uma análise que deve ser feita levando em conta as circunstâncias de cada momento. Mas é preciso que fique claro que meu objetivo sempre foi o de ajudar Nova Friburgo, acima de qualquer coisa. E a minha participação em cada governo sempre se deu através de convite. Nunca pedi para fazer parte de governo A, B ou C. Tenho conhecimento técnico e experiência administrativa significativos e acredito que isso sempre tenha pesado nos convites que recebi, além da nossa atuação política. Mas cada ação, posicionamento ou apoio, em cada uma daquelas oportunidades, teve motivações específicas. Não me arrependo, pois não fugi às minhas responsabilidades ou desafios colocados, nem como homem público, nem mesmo como cidadão friburguense. Dei minha contribuição, cumpri com minhas funções, correspondi com resultados concretos à confiança depositada por cada um dos governos citados, e, principalmente, à população de Nova Friburgo. Não fosse assim, não chegaria ao terceiro mandato consecutivo. E a política é extremamente dinâmica, as mudanças acontecem a cada momento, são naturais. O importante é perceber quais são os verdadeiros objetivos nesses acontecimentos. Os meus, como eu disse, sempre foram em prol de Nova Friburgo.Você tem sido citado como potencial candidato à presidência da Câmara, embora seja esperado, pelos profissionais da rede municipal de ensino, o seu retorno como secretário de Educação. Qual a sua preferência e quando sua situação será definida?Como disse anteriormente, estou na equipe de transição e esta é a prioridade do futuro governo. Ainda tenho um mandato a se encerrar e essa é a situação presente. E no momento atual, o fato mais importante do governo eleito é a transição. Uma boa transição vai permitir que o novo prefeito já pise no acelerador ao tomar posse no dia 1º de janeiro. Fico feliz de ser o autor da lei que instituiu a transição e por estar sendo aplicada exatamente após a eleição de um novo governo que apoio desde a campanha. Mais ainda, por fazer parte desta transição. Desejo continuar sendo útil à população friburguense da melhor forma possível.Falando em desafios, na sua visão, quais são os principais para o município?Além daqueles desafios decorrentes da tragédia climática, existem questões que precisam de atenção com urgência por parte do novo governo como a saúde. Rogério Cabral conta com o apoio do governo do estado e está tratando o assunto com absoluta prioridade, pelo que tenho visto. Além disso, a situação dos servidores públicos municipais é muito delicada e os problemas se arrastam há anos. Validar na Justiça os concursos de 1999 e 2007, fazer a migração do regime celetista para estatutário e melhorar o salário dos servidores são preocupações que carecem de uma atenção especial. Da mesma forma, em relação à educação, especificamente, precisamos buscar uma solução para a Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, que é um importante celeiro formador de professores para Nova Friburgo e região, e trazer novos cursos universitários públicos e gratuitos como medicina, engenharia e arquitetura. Trabalho não falta e as demandas da população são inúmeras, por isso é tão importante unir esforços, dar tranquilidade política para o município conseguir sair da situação em que se encontra e trilhar um caminho sólido de crescimento e desenvolvimento.Qual será o maior desafio para a próxima Câmara, que passou por tanto desgaste nos últimos dois anos?O desgaste político não é um privilégio da Câmara Municipal de Nova Friburgo. A classe política no país inteiro percebeu a descrença e o desgaste. As campanhas pelo voto nulo ganharam as redes sociais. O índice de abstenção em todos os municípios foi bastante alto. Exigir cada vez mais dos seus representantes faz parte do amadurecimento do eleitor e serve de referência para a classe política e aumenta sua responsabilidade. O Legislativo municipal tem grandes desafios. Somos a cidade que sofreu a maior tragédia climática do país e temos, todos, administração pública e população, o dever de unir forças para nos reerguemos e garantirmos maior qualidade de vida e um futuro melhor para nossa população. Estou à disposição para dar a minha parcela de contribuição.
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