Com uma produção que circula em torno de 25% de toda a fabricação nacional, Nova Friburgo é considerada a capital da moda íntima. São inúmeras confecções espalhadas pela cidade, sejam de pequeno, médio ou grande porte. Cada confecção tem sua própria especialidade: moda íntima, pijama, esporte e biquíni.
Para suprir toda a demanda das confecções do município, facilmente se pode encontrar lojas de tecidos e maquinários próprios. São diferentes marcas de máquinas e diversos tipos de materiais contemporâneos, que tentam de mil e uma formas conquistar os confeccionistas.
Não basta apenas querer montar uma confecção. É necessário saber costurar; conhecer bem o mercado, que se modifica a cada nova estação, e ficar atento aos detalhes, que muitas vezes podem passar despercebidos pelo acelerado ritmo imposto ao trabalho de produção. E uma das questões também muito importante para ser analisada neste segmento é a ferramenta de trabalho: a máquina de costura.
Segundo o mecânico profissional Fabrício de Castro Galhardo, formado pelo Senai e que já trabalha na área há quase 20 anos, as máquinas de costura costumam apresentar problemas por falta de manutenção periódica e em muitos casos a qualidade da marca também pode influenciar na durabilidade desta. Para ele, as marcas chinesas, apesar de custar bem menos, são mais comuns em apresentar defeitos e o mau uso pode ser a peça primordial para ocasionar defeito em qualquer tipo de máquina. Geralmente as confecções fazem uma revisão geral dos maquinários uma vez por ano e a melhor época para isso é no fim ou início do ano.
O mecânico Fabrício trabalhou no Peralta Máquinas, Rinelli Máquinas e West máquinas, todas em Nova Friburgo. Ele, que trabalha há três anos por conta própria, comenta que os benefícios de realizar este trabalho são gratificantes e economicamente melhores, comparando-se aos longos anos que trabalhou assalariado. Para cada visita ele costuma cobrar cerca de R$ 50, mas garante que o serviço fica extremamente bom e, quando existe a necessidade de trocar peças, indica e opta por uma substituição da mesma qualidade. “Oferecer um serviço com responsabilidade e ética proporciona a fidelidade dos clientes, e estes até ajudam na divulgação”, comenta, com visão empreendedora. Entre as máquinas que ele mais costuma consertar está a travete, que por ser uma máquina que trabalha e bate muito, acaba por se desgastar mais facilmente.
Atualmente Fabrício possui um contrato de prestação de serviço com algumas confecções da cidade, e explica que entre as cláusulas do documento está o compromisso de comparecer na confecção ao menos uma vez por semana e em casos de urgência. O valor estabelecido pelo contrato varia em relação à quantidade de máquinas de cada cliente e à demanda do cliente.
Para 2011, Fabrício deseja fazer alguns cursos de máquina eletrônica em São Paulo e montar sua própria loja de máquinas, peças e manutenção. Quem desejar contatar seus serviços pode fazer contato pelos telefones 9272-2308 e 8824-8782, ou comparecer a sua oficina, na Travessa Jardim Primavera, 12, em Olaria.
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