O Grupo de Articulação dos Movimentos (GAM) realizou manifesto contra a corrupção na Praça Dermeval Barbosa Moreira, no sábado, 21. Os manifestantes deixaram clara sua indignação com o que vem ocorrendo no país e no município, através de cartazes, fotos e atitudes. A pouca participação popular não desanimou os manifestantes, que pretendem encaminhar um abaixo-assinado com três mil assinaturas ao Ministério Público.
O que faltou de público sobrou de cartazes: um deles, com a palavra “basta” na vertical e as palavras na horizontal “bandidos, mafiosos, safados, tiranos e ladrões”. Outros tinham as inscrições “A mudança começa pelo nosso voto”, “Manifestação criativa—Dia Mundial do Basta”, “Friburgo diz: basta de políticos corruptos”, “Abaixo 21 vereadores pagos com seu dinheiro”, “Impostômetro: R$ 7 trilhões até abril de 2012”, “CMNF promove licitação para entrega de títulos de cidadão friburguense no valor de R$ 48 mil. E as casas populares onde ficam?”, entre outros. As fotos mostravam principalmente as barreiras da Vilage, além da calçada desabada em frente ao Sesc, garrafa pet boiando no Rio Bengalas, e as barreiras do Condomínio do Lago, em Conquista, e da Rua Cristina Ziede, no Centro.
Paulo Eduardo de Sá é um dos integrantes do GAM e organizador do manifesto em Nova Friburgo—um dos vários municípios do Brasil que protestaram no 21 de abril. O lema do movimento em todo o país foi “Ou a corrupção para ou nós paramos o Brasil”.
Paulo destacou a arrecadação de sete trilhões de reais em impostos no Brasil até este mês, citando que é uma das maiores injustiças praticadas no país: uma grande arrecadação e uma divisão injusta. Em Nova Friburgo, na opinião de Paulo, o maior protesto é contra a inércia das autoridades diante das consequências da tragédia, com quantias vultosas destinadas para a cidade e não se vê quase nada sendo feito.
Mas Paulo destaca o abaixo-assinado, com três mil assinaturas, elaborado pelo GAM, que será apresentado ao MP solicitando sustentabilidade política, econômica e social para Nova Friburgo. O comparecimento ao manifesto foi modesto, mas o grupo estava e continua mobilizado, mais de um ano após a tragédia. E isto não faz o GAM retroceder. “O importante é que o recado está sendo dado”, frisou Paulo.
O manifesto deste sábado foi o quinto realizado pelo GAM, desde outubro de 2011. A próxima ação do grupo será a entrega do abaixo-assinado ao MP, também através de manifestação criativa, em data ainda a ser definida.
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