A Superintendência da Secretaria Estadual de Saúde adverte a população sobre a incidência de casos de malária no interior do estado. Segundo o órgão, já são 17 pessoas infectadas, ou seja, três a mais do que no último registro, divulgado semana passada. Em todo o ano de 2014 foram registrados oito casos da doença.
O alerta é direcionado às pessoas que vão visitar as regiões próximas à Mata Atlântica, em especial aquelas que moram ou estiveram na Região Serrana recentemente, onde foi registrado o maior número de infectados no estado.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, somente nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis foram contabilizados cinco casos (dois, dois e um, respectivamente). O caso de Nova Friburgo, segundo as autoridades de saúde, é de um paciente morador do Rio de Janeiro, que esteve na serra a passeio em janeiro. A origem das outras ocorrências continuam sob investigação.
Ainda que sempre haja registro da doença, especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) alertaram que o aumento do número de casos é algo incomum e afirmaram que tal crescimento pode ser decorrente do período de seca e forte calor. Uma das principais recomendações para quem pretende visitar estes locais é o uso de repelentes.
No entanto, no site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua como referência em malária para a região extra-amazônica, especialistas tranquilizam a população. Segundo a instituição, os casos de malária registrados nas últimas três semanas na Região Serrana e notificados ao Ministério da Saúde não são motivo para provocar pânico na população. Isso porque, conforme as autoridades de saúde, o tipo detectado não é letal e nem causa complicações sérias, podendo provocar episódios de febre, indisposição, dores pelo corpo e prostração por um longo período de tempo — dia sim, dia não.
Os pacientes também podem apresentar calafrios, suor e dor de cabeça, embora a ausência desses sintomas não exclua a possibilidade da doença. A malária da Mata Atlântica costuma ter poucos sintomas e raramente é motivo de internação hospitalar. Vale destacar que a Superintendência da Secretaria Estadual de Saúde informou também que ainda não foram confirmadas mortes relacionadas à malária, já que os casos registrados apresentam a versão mais branda da doença.
Deixe o seu comentário