Diligência realizada a partir de denúncia anônima na segunda-feira, 4, resultou na prisão de Diego Arruda, o DG, acusado de trabalhar como “contador” da quadrilha de traficantes chefiada por Roberto de Carvalho Knupp Júnior, o Baú, e Livaldo José da Silva, o Coroa. DG estava com R$ 5 mil e um caderno com anotações da venda de drogas na casa de sua mãe, na Rua Aureliano Barbosa de Faria. O material estava guardado numa caixa de madeira embaixo das roupas de DG.
A ocorrência em parte está ligada à investigação que vem sendo realizada pelos agentes do serviço reservado do 11º BPM – P2 – e aconteceu depois de denúncia sobre o novo endereço de Diego Arruda, que já foi preso anteriormente. DG, como é chamado pelos comparsas, está ligado a um bando formado ainda por Felipe Babuíno, ou Babú, Juninho, Felipe Cascão, Regiane e Gisele. Além destes há ainda Cíntia Neves Alves, 19 anos, presa esta semana por policiais do 11º BPM com cartuchos de calibre 12, papelotes de cocaína e pedras de crack, além de dinheiro da venda de entorpecentes.
O nome de um homem conhecido como Felipe Babuíno, ou Babú, apareceu durante a prisão de Cíntia como sendo o chefe do tráfico no morro. Com a prisão de Diego DG ficou entendido que Babú é um dos gerentes do bando. Os nomes citados pelos agentes da P2 estariam subordinados ao traficante Roberto de Carvalho Knupp Júnior, o Baú. Este último, por sua vez, seria comandado por Livaldo José da Silva, o Coroa, que aparece na investigação como o “dono do morro”.
Comando Vermelho COMANDA 70% DAS VENDAS DE DROGAS NA CIDADE
A afirmação de que o Comando Vermelho (CV) Rogério Lengruber (nome do fundador) domina 70% das vendas de entorpecentes na cidade é do chefe do serviço reservado do 11º BPM. Segundo ele, há uma integração entre os pontos de comercialização das drogas.
Os nomes de Roberto de Carvalho Knupp Júnior, o Baú, e de Livaldo José da Silva, o Coroa, sempre foram citados como integrantes do tráfico de drogas no Alto de Olaria. Baú é acusado de ter assassinado vários rivais e viciados em Olaria e em outros bairros de Nova Friburgo. Livaldo, o Coroa, recebeu este apelido por ser apontado, há muitos anos, como um dos mais antigos traficantes em atividade no município.
Recentes informações colhidas pela P2 mostram que Livaldo está ligado ao tráfico do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, de onde seria oriundo. Denúncias apontam aquela localidade como local de esconderijo de Baú, que está foragido da Justiça. A Região dos Lagos, principalmente Rio das Ostras, também aparece como local de atuação dos bandidos. A presença deles no Morro do Dedé mostra que há integração entre bocas de fumo de diversos pontos da cidade.
ANOTAÇÕES ENCONTRADAS COM DG REVELAM UM GRANDE MOVIMENTO DA VENDAS DE ENTORPECENTES
Não se tem informações concretas do quanto o tráfico de drogas movimenta no município. Sabe-se, pelas ocorrências policiais e comentários gerais que são muitos os pontos de vendas de drogas na cidade.
No caderno apreendido pelos agentes da P2 com DG havia nomenclaturas próprias do tráfico, que foram “decifradas” pelo “contador”. Algumas chamaram a atenção dos policiais, tais como:
- “Ronaldo”: na lista de fornecimento e compras encontrada no caderno havia este nome sempre que a contabilidade dizia respeito a pedras de crack;
- “Café”: os traficantes usam a sigla para designar a compra e venda de maconha;
- “2K galo”: refere-se à chegada de cargas de cocaína de R$ 50. Cada ´K´ corresponde a um quilo;
- “Bola”: Significa um amarrado com 170 trouxinhas de maconha.
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