Nova Friburgo recebeu nesta segunda-feira, 7, mais dois médicos que vão atuar nos postos de saúde da cidade através do programa Mais Médicos, informou a Secretaria Municipal de Saúde. Os profissionais devem começar a atender a população até a próxima quinta-feira, 10. Com a chegada desses médicos, as 13 vagas oferecidas pelo governo federal no município foram preenchidas, após saída dos cubanos em novembro passado.
Em todo o país, começou o prazo para que os médicos inscritos na segunda chamada do programa se apresentem nos municípios onde irão atuar. A etapa ofereceu 2.549 vagas em 1.197 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Ao todo, 1.707 profissionais com registro brasileiro escolheram as localidades, ou seja, 842 vagas não foram preenchidas no país. Os candidatos têm até quinta-feira, 10, para comparecerem aos postos.
De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos que decidirem por não trabalhar no programa devem informar às prefeituras, que comunicarão a desistência ao governo federal. Ao término do prazo de apresentação, a pasta realizará um novo balanço das vagas, e as que não forem ocupadas serão recoladas no sistema, para que outros profissionais tenham nova chance de escolhê-las.
A próxima chamada do Mais Médicos acontece nos dias 23 e 24 de janeiro para profissionais brasileiros formados no exterior. Nos dias 30 e 31 de janeiro, os médicos estrangeiros terão acesso ao sistema. O governo recebeu 10.205 inscrições de profissionais brasileiros e estrangeiros formados no exterior (sem registro no Brasil) dispostos a participar do programa. O prazo para o envio da documentação dos profissionais se encerrou em dezembro de 2018 e estão em análise pela pasta.
Os profissionais vinculados ao Mais Médicos atuam na Estratégia em Saúde da Família (ESF) e recebem bolsa de R$ 11,8 mil, ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento até o município de atuação, além de moradia e alimentação custeadas pelas prefeituras.
“Não faltam médicos”
Ao assumir o comando do Ministério da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta disse, na última quarta-feira, 2, que pretende revisar o Mais Médicos e rebateu a afirmação de que faltam profissionais no Brasil. Segundo ele, o país conta com aproximadamente 320 faculdades de medicina e 26 mil médicos graduados em 2018, com previsão de aumento desse contingente em 10% ao ano até chegar a 35 mil profissionais formados.
“Quem forma essa quantidade toda de profissionais? Muitos deles endividados pelo Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e muitos formados em escolas públicas. Não temos uma proposta ou política de indução para que eles venham para o sistema público de saúde”, afirmou o novo ministro.
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