Olaria recebeu na véspera de Natal um evento à altura do bairro mais populoso de Nova Friburgo. Uma ceia solidária promovida pelo Grupo de Passarinheiros alimentou o corpo e a alma de centenas de pessoas durante todo o dia 24 de dezembro na Praça 1º de Maio, a principal do bairro. O evento foi totalmente gratuito e aberto à população.
“Graças a Deus correu tudo bem e a chuva não atrapalhou a nossa ceia. Servimos quase 800 pratos de comida e mais de 500 sobremesas. Foi um dia realmente abençoado. A maior parte dos presentes era de idosos e crianças. A maioria das pessoas não teria uma rabanada sequer em casa. Todos comeram bem e saíram de lá muito felizes. Nós também ficamos felizes com o resultado. Foi prazeroso demais. Esperamos fazer mais vezes”, comemorou Evandro Bento Miguel, mais conhecido como Evandro Passarinheiro, que organizou a ceia ao lado do amigo e voluntário Carlão, conhecido como Amado.
Evandro conta que a ceia teve início às 12h e só terminou por volta das 19h, tamanha foi a participação dos moradores do bairro, que superou em muito a expectativa de 500 pessoas durante todo o dia. A correria foi tanta que ele mesmo não conseguiu chegar em casa à tempo de cear com a família. Nada que pudesse estragar a alegria dele pelo sucesso da ceia solidária.
“Nova Friburgo é uma cidade diferente, amorosa. Nesse tipo de evento a gente percebe que o amor e a boa vontade ainda prevalecem entre as pessoas. Quem pôde ajudar, ajudou. E quem foi lá participar, também foi de coração aberto. Se Deus quiser essa foi a primeira de muitas e, a partir desse ano, essa ceia solidária vai se tornar uma tradição em Olaria”, projetou Evandro.
Cerca de 100kg de alimentos
Para alimentar tanta gente, o evento contou com um batalhão de cerca de 100 voluntários. O cardápio foi composto por arroz, maionese de batata, farofa, pastel, pernil, carne assada e até uma leitoa. Para a sobremesa teve rabanada, mousse, pudim, bombons, suspiro e algodão doce para a criançada.
Só de arroz foram 20kg, mais 30kg de maionese de batata e cerca de 70kg de carne – só a leitoa pesava 50kg. Os alimentos foram adquiridos através de doações de parceiros, empresários do bairro e pela organização, que tirou do próprio bolso para custear o que faltava para fazer a melhor ceia possível.
“Só fui saber o que era uma ceia com 23 anos de idade. Eu via as outras famílias ceando e não entendia porque a gente não tinha aquilo na nossa casa. Trabalhei e me esforcei muito e, quando melhorei um pouco minha situação, me senti na obrigação de proporcionar às pessoas aquilo que eu também não tive”, disse Evandro à reportagem de A VOZ DA SERRA.
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