A Secretaria de Saúde de Nova Friburgo estará nas ruas durante os dias de folia fazendo distribuição de preservativos e incentivando a população a se prevenir contra várias doenças, entre elas o HIV/Aids, as hepatites virais (B e C) e também a sífilis. O alerta se faz necessário devido o aumento no número de casos, nos últimos anos. De acordo com a prefeitura, está prevista a distribuição de cerca de 60 mil preservativos masculinos, além de uma quantidade expressiva de preservativos femininos.
Uma ação em parceria com o Ministério da Saúde, responsável pela destinação de preservativos a serem distribuídos pelos estados e municípios, será realizada tanto durante eventos específicos, como o carnaval, quanto para a oferta diária mantida pelos postos de saúde. Durante o carnaval, uma equipe composta por um enfermeiro, quatro técnicos de enfermagem e apoio administrativo ficará à disposição num posto avançado da secretaria municipal de Saúde, para tirar dúvidas dos foliões.
O Ministério da Saúde lançou a campanha “Pare, pense e use camisinha”, visando conscientizar os foliões de todo o país sobre a importância do uso do preservativo. A campanha é voltada especialmente para conscientizar o público jovem, que é o mais atingido por novas infecções, nos últimos anos.
Segundo os dados do último boletim epidemiológico do HIV/Aids, 73% (30.659) dos novos casos de HIV em 2017 no Brasil ocorreram no sexo masculino. Um em cada cinco novos casos de HIV estão entre homens de 15 a 24 anos (2017). Entre homens na faixa etária de 20 a 24 anos a taxa de detecção de aids cresceu 133% entre 2007 a 2017, passando de 15,6 para 36,2.
Já no Estado, a campanha levada para as ruas é a “Com camisinha, tá protegido”, que prevê a distribuição de 3,4 milhões de preservativos durante o carnaval em todo território do Rio de Janeiro. Sobre o crescimento de casos de infecção HIV/Aids, de acordo com a Gerência Estadual de Infecções Sexualmente Transmitidas (IST), Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado de Saúde, foram notificados, entre 2007 e 2018, cerca de 24 mil casos de HIV no Estado do Rio, e 81.157 pessoas estão atualmente em tratamento.
Casos de sífilis crescem em Friburgo
Segundo a secretaria de Saúde, 550 pacientes portadores de HIV fazem o acompanhamento no Programa DST/Aids atualmente, no município. Em comparação com 2017, o número de diagnósticos positivos aumentou em 60 novos casos no ano passado. E em 2019, até o momento, foram registrados dez novos casos, somente nos meses de janeiro e fevereiro.
De acordo com a secretaria, a incidência de casos este ano é a mesma verificada em janeiro e fevereiro de 2018, mas para evitar o aumento do número de pessoas com a doença, a prevenção é o melhor caminho. Por isso, é esperado que, como verificado nos anos anteriores, a procura pelos preservativos seja grande e que as pessoas tenham consciência da importância do seu uso, já que além de evitar uma gravidez indesejada, a camisinha é a principal barreira para as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST), como sífilis, hepatites virais e HPV, e contra o HIV/Aids.
A incidência de casos de sífilis na cidade teve um crescimento de 16%. Segundo o levantamento da secretaria municipal, o total de casos da doença, especialmente da sífilis primeira, que é a de maior ocorrência, incluindo na soma, as gestantes e os casos de sífilis congênita, teve um aumento de 194, em 2017, para 225 em 2018. E entre os meses de janeiro e fevereiro de 2019 já foram registrados 13 novos casos da doença.
A sífilis é transmitida pela bactéria treponema pallidum, principalmente por via sexual, mas também pode ser passada de mãe para o filho, durante a gravidez. É uma infecção de fácil detecção, bastando um teste rápido, que leva apenas 10 minutos para ficar pronto. E o tratamento em geral é rápido, especialmente para os casos de sífilis primária, que uma única dose de penicilina benzatina intramuscular já o suficiente para a cura. Mas a falta de tratamento pode causar cegueira, demência e más formações, no caso de fetos.
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