Assim como alguns planos de telefonia fixa, que tem tarifas diferenciadas para ligações interurbanas nos horários de pico, e reduzidas fora dele, os consumidores de energia elétrica também poderão optar por pagar mais barato pelas tarifas de luz nas faixas de horário de consumo reduzido. O benefício, já previsto no regulamento de estrutura tarifária do setor de distribuição de energia, e aprovado mês passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deve entrar em vigor até 2014. O projeto prevê ainda que cada distribuidora de energia crie um intervalo de três horas—entre 17h e 22h—para cobrar mais caro pelo consumo em kilowatt/hora. Nesta faixa de cobrança com acréscimo de preço, justamente quando o consumo é tradicionalmente maior, o consumidor que optar pela diferenciação de cobrança pagará de três a cinco vezes mais pela energia. Nos últimos 20 anos a cobrança tem o mesmo valor durante as 24 horas do dia.
O projeto para consumidores de baixa tensão (residenciais, comerciais, industriais e de áreas rurais) prevê a criação de três faixas de tarifação de energia: de segunda a sexta-feira, a cobrança mais barata será aplicada na maior parte do dia. No horário de pico, entrará em vigor a tarifa diferenciada, mais cara, e nos demais horários a cobrança será intermediária. Só será submetido a este tipo de cobrança o consumidor que optar pela cobrança diferenciada, cujos percentuais ainda não foram anunciados. O novo sistema dependerá ainda de uma adaptação das concessionárias de energia elétrica, que deverão substituir os medidores por modelos denominados “inteligentes”, já em fase de testes.
Os consumidores residenciais que têm maior consumo pela manhã, à tarde ou de madrugada poderão ter bastante economia na conta de luz caso optem pela tarifação diferenciada. A decisão do governo em implantar a diferenciação de cobrança deve-se à baixa do custo de geração de energia no país por causa da maior quantidade de hidrelétricas funcionando em alta capacidade, graças ao grande volume de chuvas. A cobrança pela iluminação pública nos municípios deverá ser também diferenciada, mas só a partir de janeiro de 2014.
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