Sacolas de lixo e montanhas de caixas de lojas, lanchonetes e supermercados ocuparam por várias horas pontos da Avenida Alberto Braune, principal centro comercial friburguense no último fim de semana. O despejo de resíduos nas calçadas fora do horário de coleta seletiva é hábito antigo de alguns comerciantes e moradores, e repetiu-se em pelo menos dois dias movimentados na cidade: na tarde da última quinta-feira, 24, véspera de Natal, e também no sábado, 26. As irregularidades foram constatadas nos dois dias por volta das 14h, horário em que não há coleta de lixo no Centro. O serviço geralmente é feito pela manhã e à noite.
Apesar de não prejudicar o vai e vem de pedestres, os sacos com lixo colocados ao lado de postes e caixas de papelão e madeira, de produtos como chocolate, sorvete e frutas, chamaram a atenção de moradores por causa da quantidade e também pela maneira como foram depositadas nas calçadas da avenida. “É lamentável que os próprios comerciantes coloquem o lixo de suas lojas de qualquer maneira nas calçadas. Ainda mais num período em que as vendas aumentam e turistas vêm visitar nossa cidade”, comentou uma moradora que pediu para não se identificar.
Segundo a concessionária responsável pela coleta em Nova Friburgo, a Empresa Brasileira de Meio Ambiente (EBMA), o lixo foi recolhido na Avenida Alberto Braune na quinta, 24, e na sexta-feira, 25, em dois horários, pela manhã e à noite. Não há coleta de lixo no sábado. Na manhã desta segunda-feira, 28, o caminhão teve um problema técnico e os funcionários da empresa não recolheram o lixo no Centro.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) informaram que as duas entidades são as principais interessadas em que a cidade esteja sempre bonita, limpa e organizada, para que se mantenha atraente para os consumidores daqui e de toda a região vizinha que fazem compras no comércio local.
“Já propusemos à Prefeitura, por várias vezes, que uma campanha de conscientização sobre descarte de lixo fosse desenvolvida e que nossas entidades sirvam de interlocutoras junto ao comércio. É necessário que um horário seja definido não só para as lojas, mas também para os restaurantes e condomínios residenciais do Centro”, comentou o presidente da CDL e Sincomércio, Braulio Rezende. A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura, mas, até o fechamento desta reportagem não obteve resposta.
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