No último domingo, 25, em Niterói, a equipe de Cheerleading Wolfteam, do Cefet de Nova Friburgo fez história. Composta por 15 membros, seus integrantes conquistaram dois ouros e dois excelentes quarto lugares no Campeonato Carioca de Cheerleading. A Wolfteam já era destaque por ser a primeira equipe friburguense a participar do torneio e surpreendeu ainda mais com os resultados obtidos.
Atualmente, o cheerleading ainda é um esporte pouco conhecido em Nova Friburgo, mas vem ganhando projeção, principalmente nas competições universitárias. A cidade conta ainda com mais quatro equipes: Furiosas da UFF, Atazanadas da Estácio, Bearleaders da Uerj e a Fawkes da Unopar. As equipes costumam se apresentar em campeonatos municipais como os Jogos Universitários Friburguenses (Junfri) e Copa Uni.
Até pouco tempo, o termo cheerleader, no Brasil, era aplicado apenas aos animadores de torcida. A imagem de pompons sacudidos no alto ainda ocupa a mente de muitas pessoas quando ouvem a palavra. Porém, desde 2011, o cheerleading se tornou uma modalidade de esporte ao realizar competições e campeonatos pelo país.
Como em qualquer competição, os cheerleadings obedecem a regras. Os conjuntos são avaliados em sete fundamentos obrigatórios, entre eles a pirâmide, os lançamentos e a dança.
Wolfteam
Com apenas três anos de existência, a Wolfteam Cefet possui um histórico premiado em competições: 1º lugar no Junfri de 2016, 2º lugar na Copa Uni de 2017, 2º lugar no Junfri de 2017, 2º lugar na Copa Uni 2018, 3º lugar no Junfri 2018.
De acordo com integrantes da equipe, foi a primeira vez que a Wolfteam participou de uma competição específica nessa modalidade, que contou com atletas de todo o estado em nível universitário e profissional. Faculdades da região metropolitana como UFF, Uerj, UFRJ, UFRRJ, UnigranRio e Cefet também marcaram presença.
“Para chegar ao campeonato, a equipe realizou apresentações nos semáforos da cidade, rifas, venda de doces no campus e contou até com uma caixinha colaborativa para arcar com o custo das inscrições dos atletas. A equipe ainda teve o apoio do ex-secretário de Cultura, Marcos Marins, para o transporte ao local do evento”, disse Jhenifer Cardoso, ex-integrante da equipe.
Surpresa nos resultados
Marcella Guarilha e Sandy Alves, capitã e treinadora da equipe, respectivamente, afirmam que apesar do talento da equipe, viram os bons resultados como surpresa. Debutando na competição, elas esperavam apenas fazer um bom trabalho e adquirir experiência para as futuras disputas.
“A nossa equipe é muito capaz, dedicada e tem muita vontade, mas como participamos pela primeira vez, não esperávamos todas essas conquistas. Foi muito empenho durante o ano, tivemos muita dificuldade. Mais da metade da equipe do ano passado teve que sair, corremos muito atrás para chegar a esses resultados”, disse Marcella.
“Sei do potencial dos atletas e o quanto eles trabalham para melhorar a técnica. Fui com uma expectativa grande, mas o objetivo maior era a experiência e ter conquistado algo foi realmente muito bom para a equipe”, completou Sandy.
A competição
O Cheerleading é composto por Tumbling, Stunt e Dança. Esses três quesitos são avaliados, contando técnica, criatividade e infrações. Também são avaliados a composição geral da rotina (apresentação) que deve ter dois minutos e meio, além da seção cheer (grito) contendo 30 segundos. Cada categoria é avaliada de acordo com os critérios de segurança da Federação All Star dos Estados Unidos (USASF). No campeonato carioca, foram três três jurados chilenos que avaliaram cada rotina.
Os resultados:
1º lugar em Group Stunt Open all Girl - nível 2 (levantamentos apenas com mulheres)
1º lugar em Best Cheer Male - nível 2 (apresentação masculina individual)
4º lugar em Group Stunt Coed - nível 3 (levantamentos mistos)
4º lugar em Universitário Coed - nível 3 (apresentação em grupo)
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