Liderança e empreendedorismo também se aprende na escola

segunda-feira, 20 de junho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Henrique Amorim

Que tal intercalar aulas de matemática, português e ciências com um rafting (descida rápida em corredeiras) nas cachoeiras de águas cristalinas do distrito de Lumiar, ou ainda um rapel ou acampamento de sobrevivência, em contato direto com a natureza da serra friburguense, num fim de semana? Qual estudante não gostaria? Pois os alunos do segundo segmento do ensino fundamental (6º ao 9º anos) do Centro Educacional Monnerat (CEM)/Escola Pontinha de Sol têm desfrutado disso com o projeto criado ano passado, denominado “CEM é 100 fronteiras”, que estimula atividades que exploram a liderança, o vencimento de obstáculos, desafios, a resolução de situações-problemas e ainda o empreendedorismo.

Segundo Mônica Monnerat, diretora da escola, que congrega 550 alunos do berçário ao 9º ano do ensino fundamental, o projeto, coordenado pelos educadores Felipe Louback e Suzana Amorim, já vem sendo desenvolvido desde o ano passado com rapel e o rafting, que reuniram 35 alunos em maio. “É claro que os preparativos para o passeio e sua realização contagiam os estudantes e pais, engrandecendo nossos alunos, mas o grande objetivo é que esses jovens adquirem, com essas atividades, maior autonomia, flexibilidade e sociabilidade, com desafios e situações que requerem espírito de equipe, estimulando a união e o planejamento de estratégias”, destaca Mônica.

No segundo semestre, o CEM/Escola Pontinha do Sol promoverá com os alunos do ensino fundamental um acampamento de sobrevivência na localidade de Theodoro de Oliveira para formação da capacidade empreendedora dos alunos. Na atividade, os adolescentes vivenciarão situações que irão requerer raciocínio rápido e lógico, com a necessidade de união total da equipe aliada à força de vontade de cada integrante estimulando também a cidadania. Os alunos do primeiro segmento do ensino fundamental (1º ao 5º anos) não ficaram de fora da novidade e recentemente participaram de um acampamento realizado no pátio da escola no Centro e se divertiram a valer com a estadia em barracas.

“Essas atividades promovidas com os alunos servem também para integrar a cidade com ações que incentivam a sociedade a resgatar a autoestima friburguense neste período após a tragédia das chuvas. Temos que nos levantar e dar a volta por cima, mostrar que não estamos parados e podemos fazer ainda muito mais”, observa Mônica Monnerat, que já planeja para breve uma edição especial do “CEM é 100 fronteiras” com os pais dos alunos que também demonstram interesse em se desestressar, deixando a rotina de lado pelo menos por um fim de semana dedicado ao contato com a natureza e a prática de esportes. “Eles merecem”, afirma ela.

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